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Coronavírus

'Comunavírus': chanceler brasileiro fala em 'conspiração comunista' para dominar mundo pós-pandemia

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Em artigo com tom paranoico, Ernesto Araújo ataca a OMS, distorce ideias de Zizek, compara nazismo a comunismo e inventa o 'comunavírus'

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2020-04-22T16:25:00.000Z

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O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, publicou na madrugada desta quarta-feira (22/04) um artigo com tom paranoico em seu blog pessoal (que se chama 'Metapolítica 17', com o número usado pelo presidente Jair Bolsonaro em sua campanha presidencial) no qual denuncia uma suposta "conspiração comunista" em curso para dominar o mundo após a pandemia do novo coronavírus.

Distorcendo as ideias do filósofo marxista Slavoj Zizek, Araújo cita um novo livro do esloveno impresso na Itália que reúne ensaios sobre as mudanças que o coronavírus trouxe para o mundo, publicado com o título Vírus.

"Zizek revela aquilo que os marxistas há trinta anos escondem: o globalismo substitui o socialismo como estágio preparatório ao comunismo. A pandemia do coronavírus representa, para ele, uma imensa oportunidade de construir uma ordem mundial sem nações e sem liberdade", diz o chanceler logo no primeiro parágrafo do texto.


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Além de evidenciar um completo desconhecimento da teoria marxista ou de conceitos como socialismo e comunismo, Araújo ainda chama o livro do filósofo esloveno de uma "obra-prima de naïveté canalha, que entrega sem disfarce o jogo comunista-globalista de apropriação da pandemia para subverter completamente a democracia liberal e a economia de mercado, escravizar o ser humano e transformá-lo em um autômato desprovido de dimensão espiritual, facilmente controlável".

Itamaraty
Em artigo com tom paranoico, Ernesto Araújo ataca a OMS, distorce ideias de Zizek, compara nazismo a comunismo e inventa o 'comunavíurs'

O ministro do governo Bolsonaro também aproveitou para atacar a Organização Mundial da Saúde (OMS) criticando o que chama de transferir poderes nacionais a organizações multilaterais, o que, segundo Araújo, "não tem eficácia comprovada". Ele diz ainda que o "plano comunista" em curso pretende utilizar a OMS como "primeiro passo na construção da solidariedade comunista planetária".

Usando expressões como "o globalismo é o novo caminho do comunismo", "o inimigo do comunismo é o espírito humano" e "o nazista é um comunista que não se deu ao trabalho de enganar as suas vítimas", o chanceler apresenta seu argumento central de que, em meio à pandemia de covid-19, o politicamente incorreto se tornou "o sanitariamente correto" e que "esse comunismo de repente encontrou no coronavírus um tesouro de opressão".

"A pretexto da pandemia, o novo comunismo trata de construir um mundo sem nações, sem liberdade, sem espírito, dirigido por uma agência central de 'solidariedade' encarregada de vigiar e punir. Um estado de exceção global permanente, transformando o mundo num grande campo de concentração", conclui Araújo.

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Meio Ambiente

Desmatamento na Amazônia Legal é o maior em 15 anos, aponta Imazon

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De agosto de 2021 a julho de 2022 foi destruída uma área equivalente a sete vezes a cidade de São Paulo

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-17T22:12:00.000Z

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Nos últimos 12 meses, a Amazônia Legal teve o maior índice de desmatamento em 15 anos. De agosto de 2021 a julho de 2022, foram derrubados 10.781 quilômetros quadrados de floresta, o equivalente a sete vezes a cidade de São Paulo e 3% a mais do que nos 12 meses diretamente anteriores. Os dados, divulgados nesta quarta-feira (17/08), são do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

É a segunda vez consecutiva em que o desmatamento na região ultrapassa os 10 mil quilômetros quadrados no período. Somadas, as áreas destruídas nos últimos dois calendários (ou seja, de agosto a julho) chegaram a 21.257 quilômetros quadrados, quase o tamanho do estado do Sergipe.

Ao analisar apenas o desmatamento em 2022, o índice de destruição é ainda maior. No período de janeiro a julho, a área de floresta perdida cresceu 7% em relação a 2021, passando de 6.109 quilômetros quadrados para 6.528 quilômetros quadrados. Isso significa que, somente em 2022, a região já teve destruída uma área de aproximadamente cinco vezes a cidade do Rio de Janeiro. E esse também foi o maior desmatamento para o período dos últimos 15 anos.

"O aumento do desmatamento ameaça diretamente a vida dos povos e comunidades tradicionais e a manutenção da biodiversidade na Amazônia. Além de contribuir para a maior emissão de carbono em um período de crise climática. Relatórios da ONU já alertaram que, se não reduzirmos as emissões, fenômenos extremos como ondas de calor, secas e tempestades ficarão ainda mais frequentes e intensos. Isso causará graves perdas tanto no campo, gerando prejuízos para o agronegócio, quanto para as cidades", alerta Bianca Santos, pesquisadora do Imazon.

Pará no topo do ranking de desmatamento

Levando em conta o desmatamento ocorrido nos últimos 12 meses, 36% ocorreu apenas na região conhecida como Amacro, onde se concentram 32 municípios na divisa entre Amazonas, Acre e Rondônia. Nessa área, há um processo de expansão do agronegócio, que derrubou quase 4 mil quilômetros de florestas entre agosto de 2021 e julho de 2022. A destruição na Amacro também atingiu o maior patamar dos últimos 15 anos para o período, com alta de 29%.

O Pará é o estado que mais desmata na Amazônia Legal. Nos últimos 12 meses, foram derrubados 3.858 quilômetros quadrados de floresta -  36% do destruído na Amazônia. A segunda maior área desmatada no período foi registrada no Amazonas: 2.738 km² (25%).

O que é a Amazônia Legal

A Amazônia Legal é um conceito criado ainda na década de 1950 para promover uma agenda de desenvolvimento para a região. Sua delimitação não é baseada exclusivamente na vegetação, mas inclui conceitos geopolíticos. Por isso que, além da Floresta Amazônica, há uma parte de Cerrado e do Pantanal em seu mapa.2:42

Segundo dados atualizados do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a região tem uma área de 5,2 milhões de km², o que corresponde a 59% do território brasileiro. Ela engloba os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima,Tocantins e parte do Maranhão, onde vivem atualmente cerca de 28 milhões de habitantes.

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