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Coronavírus

Brasileiros e africanos lideram novos casos de covid-19 entre imigrantes em Portugal

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Vulnerabilidade dos imigrantes em relação à pandemia está relacionada às condições socioeconômicas em que estão inseridos

Caroline Ribeiro

Sputnik Sputnik

Lisboa (Portugal)
2020-07-23T13:46:13.000Z

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Quase um quarto dos infectados pela covid-19 no distrito de Lisboa, capital portuguesa, corresponde a estrangeiros, principalmente de origem africana. Já no distrito do Porto, região norte de Portugal, 16% dos casos da doença são em imigrantes nascidos no continente americano, a maioria do Brasil.

Os dados são de uma análise do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, em colaboração com o Ministério da Saúde português, que olhou para os números da pandemia no país entre os meses de junho e julho.

A conclusão do estudo é a de que "os imigrantes estão a correr mais risco de se infectar proporcionalmente do que os nacionais portugueses", diz à Sputnik Brasil o coordenador do estudo, professor Henrique Barros.

"Fomos verificar qual era a relação entre a proporção de imigrantes na população em geral e a proporção de imigrantes nas pessoas com infecção. Quer em Lisboa, quer no Porto, a população de imigrantes entre os infectados era muito maior que a população imigrante em geral", explica o pesquisador.

A vulnerabilidade dos imigrantes está relacionada às condições socioeconômicas em que estão inseridos. "Muitos desses casos estão ligados a surtos, por exemplo, em locais de habitação, porque as pessoas habitam em condições de sobrelotação. Sobretudo apartamentos divididos", analisa Barros.

Os dados foram apresentados em uma das reuniões estratégicas que reúnem, periodicamente, as principais autoridades de saúde e políticas do país. Ao final, o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, demonstrou preocupação. "É uma situação em que pesa não apenas o que já se supunha, o alojamento, mas a própria inserção das comunidades não nacionais, africanas, latino-americanas ou asiáticas, com as suas especificidades em termos de condições socioeconômicas", disse o presidente em entrevista coletiva.

Unsplash
Rua em Lisboa: brasileiros e africanos lideram infecções por covid-19 em Portugal entre imigrantes

Dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) mostram que Portugal atingiu um número recorde de estrangeiros residentes em 2019. Já são mais de 590 mil, valor mais elevado registrado desde a criação do SEF, em 1976.

Os brasileiros continuam na liderança. São 151.304 com autorização de residência em Portugal, número que representa um quarto de toda a população estrangeira do país e é o maior desde 2012. A segunda nacionalidade mais representativa, a cabo-verdiana, tem 37.436 residentes.

Surtos entre imigrantes

Surtos da covid-19 entre imigrantes têm sido recorrentes. No início deste mês, uma comunidade brasileira da cidade de Benavente ficou em isolamento depois de 22 casos confirmados da doença.

No mês de abril, 136 de 169 refugiados que viviam em um hostel em Lisboa, a maioria de origem africana e asiática, foram infectados.

O coordenador do estudo reforça que a análise não tem nenhuma relação com estereótipos de nacionalidades ou etnias. "Isto não discrimina, não estigmatiza ninguém, ao contrário. Se alguém tem que ser criticado por isso é o país, que não é capaz de proteger melhor os imigrantes", afirma o professor Henrique Barros.

Durante o período em que vigorou o estado de emergência em Portugal, de março a maio, o governo decidiu regularizar temporariamente todos os imigrantes com processos pendentes para concessão de residência no país. A medida extraordinária queria garantir o acesso a serviços de saúde e apoios sociais e foi elogiada pela Comissão Europeia.

O próprio órgão responsável, o Alto Comissariado para as Migrações, não garante que as facilidades vão continuar, mas reconhece que os imigrantes em Portugal precisam ter os direitos assegurados "para lá da pandemia", como explicou a chefe da entidade em entrevista no início deste mês.

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Política e Economia

FBI investiga Trump por violar lei de espionagem e recupera documentos dos EUA

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Arquivos 'ultrassecretos' e de 'informação sensível' foram apreendidos na casa do ex-presidente

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-08-12T21:40:00.000Z

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O FBI está investigando o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump por violação do "Ato de Espionagem", por obstrução de justiça e por remoção ou destruição de registros, informam os documentos tornados públicos nesta sexta-feira (12/08).

Ao todo, 20 caixas de documentos, fotos e outros itens foram retirados da mansão de Mar-a-Lago na operação da última terça-feira (08/08). A informação foi divulgada pelo pelo jornal estadunidense The Wall Street Journal. Entre as páginas estavam documentos com a marcação de "TS/SCI", o mais alto nível de classificação secreta do governo norte-americano.

Foram quatro caixas de documentos "ultrassecreto", três de "secretos" e três de "confidencial". Também foi confirmado que, durante a operação, foi recuperado um material sobre o "presidente da França", Emmanuel Macron.

O Washington Post afirmou que, segundo fontes ligadas à investigação, o FBI também buscava documentos secretos sobre armas nucleares. "Especialistas em informação confidencial disseram que a busca incomum levanta grave preocupação em autoridades do governo sobre o tipo de informação que eles pensavam que poderia ser encontrada [na residência] de Trump em Mar-a-Lago e potencialmente em risco de caírem em mãos erradas", afirmou o periódico.

Palácio do Planalto/Flickr
Arquivos 'ultrassecretos' e de 'informação sensível' foram apreendidos na casa do ex-presidente

O mandado de busca e apreensão ainda autorizou a investigação no escritório de Trump na residência e em qualquer "sala de armazenamento e outras salas dentro da premissa de uso ou possível uso por [Trump] e sua equipe e em caixas ou documentos que podem ter sido armazenados, incluindo todas as estruturas ou prédios do local".

Após a divulgação das informações oficiais, Trump se manifestou por meio de sua rede social, a Truth, se defendendo das acusações.

"Número um, era tudo material desclassificado. Número dois, não tinham a necessidade de sequestrar nada. Poderiam ter obtido isso quando quisessem sem fazer política e entrar em Mar-a-Lago. Estavam em um lugar seguro, com um cadeado a mais depois que me pediram", escreveu.

Trump tenta fazer com que a operação do FBI se torne política e vem conseguindo apoio dos seus pares republicanos nisso. Já a Casa Branca se manifestou apenas uma vez sobre o caso, dizendo que o presidente Joe Biden ou qualquer membro do alto escalão não sabiam da ação.

(*) Com Ansa e Brasil de Fato.

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