O ministro da Saúde da Rússia informou neste sábado (15/08) que o país já iniciou a produção do primeiro lote da vacina contra o novo coronavírus.
“A produção da vacina contra o novo coronavírus – covid-19, desenvolvida pelo Centro Nacional Gamaleya de Epidemiologia e Microbiologia, começou”, disse o ministro da Saúde, Mikhail Murashko, em nota divulgada para as agências Tass e Interfax.
O medicamento, que se chama Sputnik V, foi desenvolvido pelo Instituto Gamaleya de Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia, em parceria com os ministérios da Saúde e da Defesa, e usa como vetor o adenovírus, que não causa efeitos em humanos. No entanto, estudos mais detalhados sobre o medicamento não foram publicados pelos pesquisadores russos.
Siga EM TEMPO REAL e com gráficos didáticos o avanço do novo coronavírus no mundo
O registro da vacina ocorreu no dia 11 de agosto. No entanto, segundo a OMS, a vacina russa ainda não chegou à fase três dos estudos clínicos, oportunidade em que há um teste massivo de imunidade em vários indivíduos.
Sputnikvaccine/divulgação
Medicamento que se chama Sputnik V foi registrado em 11 de agosto na Rússia
De acordo com o site oficial da vacina, a fase três vai envolver mais de 2.000 pessoas na Rússia, no Oriente Médio, no Brasil e no México e começa em 12 de agosto.
Segundo a agência de notícias Sputnik, o diretor do Fundo Russo de Investimentos Diretos, Kirill Dmitriev, informou que a Rússia recebeu encomendas de mais de 20 países para aquisição de cerca de um bilhão de doses da vacina. Dmitriev também disse que a Rússia assinou acordos com cinco países para a produção da Sputnik V.
A vacina será aplicada em duas doses, com um intervalo de 21 dias, por injeção intramuscular. Segundo o Ministério da Saúde russo, esse esquema de administração permite criar uma imunidade por até dois anos.
(*) Com Ansa e Sputnik.