O presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou na tarde desta sexta-feira (09/10) a extensão da quarentena em 18 províncias do país por 14 dias, a fim de conter a expansão do novo coronavírus.
Segundo Fernández, a região da Área Metropolitana de Buenos Aires começou a ser controlada, mas a circulação do vírus “se estendeu no resto do país”. Em especial, nas províncias de Mendoza, Tucumán, Santa Fé, Córdoba, Neuquén, Jujuy e Tierra del Fuego. “Temos que reduzir as mortes e infecções o mais rápido possível e, para isso, a ciência não encontrou outra solução que o isolamento”, disse.
“Peço a cada argentina e a cada argentino que compreenda a dimensão do problema e nos ajude, porque este não é um trabalho que só quem governa na pandemia pode fazer. É um trabalho que podemos fazer com vocês, cada um de vocês nos acompanhando para atingir esse objetivo”, afirmou.
Acompanhado dos governadores de Santa Fé, Omar Perotti, de Jujuy, Gerardo Morales, e de Neuquén, Omar Gutiérrez, o presidente disse que todas as medidas que foram realizadas em Buenos Aires devem ser impostas nas províncias, que, no começo de outubro, registraram 64,9% dos novos casos de coronavírus, sendo que, em maio, esse número era 7,6%.
“Assim como passei muito tempo com Axel Kicillof e Horacio Rodríguez Larreta [governador e prefeito de Buenos Aires, respectivamente] para conversar e ver de perto como o assunto evoluiu na Área Metropolitana de Buenos Aires, estou convencido de que agora devo fazer o mesmo com as províncias afetadas”, disse.
Casa Rosada
Restrição será aplicadas em províncias com alto índice de contágio do novo coronavírus
Fernández afirmou que “grande parte” das infecções são causadas por encontros sociais, indicando que “algo deve ser feito para limitar a circulação e o contato próximo entre as pessoas”. O presidente também anunciou a distribuição de 800.000 testes rápidos em todo o país para aumentar a detecção da covid-19.
“Queremos antes de tudo cuidar da saúde dos argentinos […] e ganhar tempo de novo para que o sistema de saúde seja aliviado e possa continuar até o momento que chegar vacina”, declarou.
Ainda no pronunciamento, o mandatário disse que restringir a circulação não significa “parar com o aparato produtivo e a economia”. “[Restrição] quer dizer que quem não tem que circular, não circule. Quem puder ficar em casa, fique. […] que todos entendamos que encontros sociais são um grande risco” disse. De acordo com a Universidade Johns Hopkins, a Argentina contabiliza 871.468 casos da covid-19 e 23.225 mortes.
(*) Com teleSur.