Os governos da Alemanha e da França anunciaram nesta quarta-feira (28/10) a imposição de um lockdown nos respectivos países na tentativa de conter uma segunda onda do novo coronavírus.
A chanceler alemã, Angela Merkel, já havia informado que a Alemanha está “em uma situação muito séria”. “Devemos agir, e agora, para evitar uma emergência nacional de saúde aguda”, disse. A partir de segunda-feira (02/11), regiões do país ficarão parcialmente confinadas.
De acordo com a agência alemã Dpa, as autoridades decidiram fechar temporariamente todos os restaurantes e bares por pelo menos um mês, em uma tentativa de conter a covid-19. Os pedidos de entrega a domicílio e o formato take away (comida para levar) devem funcionar normalmente.
As escolas e creches, no entanto, continuarão abertas, assim como lojas de varejo e atacado. Os estabelecimentos, porém, não vão poder receber mais do que um cliente por 10 metros quadrados.
Além disso, locais de entretenimento, como academias de ginástica, discotecas, casas de ópera, teatros, cinemas e centros recreativos, incluindo piscinas, ginásios e saunas, ficarão fechados.
Matthias Berg/Flickr
Restaurantes e bares permaneceram fechados temporariamente por pelo menos um mês
No início da pandemia, a Alemanha foi amplamente elogiada por manter sua taxa de infecção bem abaixo da de outros países. No entanto, agora enfrenta um crescimento maior que o esperado na quantidade de contágios. Nesta terça-feira (27/10), o país registrou 11.409 novos casos, elevando o total para 449.275.
França
A França, por sua vez, implementará um bloqueio em todo território a partir da próxima sexta-feira (30/10). As restrições serão válidas até pelo menos 1º de dezembro.
O presidente Emmanuel Macron afirmou nesta quarta que as pessoas só poderão sair de casa para comprar bens essenciais, ir ao médico e praticar exercícios físicos por uma hora. No entanto, a maioria das escolas do país permanecerão abertas, enquanto as universidades voltarão para aulas de forma virtual.
“As medidas adotadas até agora contra a segunda onda do coronavírus, como o toque de recolher nas áreas de máximo alerta, tem sido útil, mas não é suficiente. O vírus circula na França a uma velocidade que nem mesmo as previsões mais pessimistas previam”, afirmou Macron, ressaltando que a nova fase da pandemia será “mais dura e letal que a primeira”.
No começo de outubro, o governo francês já havia decretado toque de recolher em Paris e em mais oito regiões do país. A medida visava conter o aumento dos casos da covid-19. O toque estava programado para durar pelo menos quatro semanas, que poderiam ser prorrogadas.
Segundo o levantamento da Universidade Johns Hopkins, a França contabiliza 1.279.384 casos do novo coronavírus e 35.820 mortes em decorrência da doença.
(*) Com Ansa.