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Coronavírus

Com boa gestão, Cuba se torna exemplo mundial no combate à covid-19

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Balanço positivo de Havana foi confirmado esta semana por organismos independentes; ilha começa a se reabrir para turismo

Domitille Piron

RFI RFI

Havana (Cuba)
2020-11-19T12:36:00.000Z

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Enquanto boa parte do mundo registra números cada vez mais altos de contaminações pela covid-19 e muitos países são obrigados e instaurar um novo lockdown devido à aceleração do surto, Cuba aparece como uma exceção. O país é elogiado por sua boa gestão da pandemia e reabre aos poucos suas portas ao turismo. O balanço positivo de Havana, que chegou a ser contestado, foi confirmado esta semana por organismos independentes.

Entre os 12 países do mundo mais atingidos pela pandemia, seis estão no continente americano. Segundo os balanços oficiais, a América Latina já reúne 31% dos mortos ligados à covid-19.

Mas nesse panorama, Cuba aparece como uma exceção. Com 11,2 milhões de habitantes, a ilha comunista teve 7.639 casos de coronavírus e 131 mortos. Números bem inferiores aos registrados nos países vizinhos.

“Muitas mídias e governos europeus consideram que os dados cubanos são tão positivos que eles só poderiam ser falsos”, declarou Franco Cavalli, presidente da ONG Medicuba Europa, fazendo alusão aos rumores sobre a veracidade das estatísticas divulgadas por Havana. Mas o representante da organização suíça visitou a ilha e confirmou os números.


FlickrCC
Bom boa gestão e poucas infecções, Cuba virou modelo

“Eu estou muito impressionado pois pude ver como Cuba alcançou esses resultados”, explica Cavalli. “Aqui todas as pessoas contaminadas são hospitalizadas e todos aqueles com quem elas estiveram em contato são acompanhadas pelos serviços sanitários. A realidade europeia é muito diferente”, compara.  

Diariamente, o Ministério da Saúde também atualiza os números da covid-19 na televisão e indica a localização de cada foco de contaminação.

Reabertura para o turismo

Diante da situação, as autoridades já apresentam o país como uma zona segura para o turismo e se reabrem aos poucos para o resto do mundo. Nesse fim de semana, o aeroporto de Havana, fechado desde 24 de março, voltou a receber voos comerciais. Cinco outros aeroportos internacionais do país já haviam sido reabertos em 17 de outubro para relançar a temporada turística, devastada pela pandemia.  

O protocolo sanitário prevê que cada viajante, cuja temperatura é medida no aeroporto, deve realizar um teste PCR ao entrar no país e, em seguida, limitar seus movimentos até receber o resultado do exame, que leva 24 horas. Cinco dias depois, a pessoa deve ser submetida a um segundo teste.

 

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Notas internacionais

Posse de Biden terá ruas fechadas, muro em volta do Capitólio e Guarda Nacional

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Premiê da Itália enfrenta moção de confiança no Senado; PIB chinês tem balanço positivo; destaques desta terça-feira (19/01)

Ana Prestes

Brasília (Brasil)
2021-01-19T17:15:00.000Z

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- Ingrediente Farmacêutico Ativo – IFA – um novo termo que passa a fazer parte de nossas análises em tempos de pandemia e corrida mundial por vacinas. O material, nomeado em inglês como Active Pharmaceutical Ingredient, é a base ou a “liga” das vacinas. Sem ele não há vacina. Em um planeta de bilhões de pessoas precisando ser vacinadas, o IFA virou ouro, a demanda para sua compra é gigantesca e seus maiores fornecedores vêm da Ásia: China e Índia. Andei lendo a imprensa asiática e percebi que a exportação do IFA é tema quente na disputa por liderança regional que marca hoje a relação entre Índia e China. A imprensa asiática comemora o aumento em 18% das vendas do material pela Índia em 2020 após o “ocidente” retaliar a China por uma suposta negligência com relação ao surgimento do coronavírus em Wuhan. É a narrativa do “vírus chinês” interferindo no mercado de fármacos e beneficiando a Índia, embora quando olhamos os números vemos que a Índia importa grande parte do IFA que revende da própria China. É como se para uma parte do ocidente, presa em uma narrativa anti-China, fosse mais “limpo” comprar da Índia. Enfim, uma grande guerra comercial em curso e um grande esforço indiano para potencializar sua já grande (terceira do mundo) indústria farmacêutica. Fato é que neste momento o Brasil depende completamente da chegada desse material para que o Butantan e a Fiocruz possam prosseguir na fabricação das vacinas que imunizarão a população brasileira.

- O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, enfrentou e venceu ontem (18/01) mais uma votação de moção de confiança na Câmara dos Deputados do país. A votação prossegue hoje no Senado. Entre deputadas e deputados, o resultado ficou em 321 contra 259 pela manutenção do governo de Conte. Foram 27 os que se abstiveram de votar. Apoiando Conte estão os partidos Movimento 5 Estrelas, PD (Partido Democrático) e o Livres e Iguais. Na oposição votaram os partidos Itália Viva e os mais à direita: Liga, Irmãos de Itália e Força Itália. A crise foi causada pelo rompimento do ex-premiê e hoje senador Matteo Renzi, líder do partido Itália Viva, que semana passada anunciou a saída de duas ministras de seu partido do governo de Conte, a ministra da Agricultura, Teresa Bellanova, e a ministra da Família, Elena Bonetti. Com as saídas, a coalizão governista deixou de ter maioria no Parlamento. A desavença gira principalmente em torno de como a Itália vai aplicar os 200 bilhões de euros concedidos pela União Europeia, dentro do plano aprovado para a recuperação econômica do bloco. Segundo Renzi, o plano está centralizado nas mãos de Conte e com pouca possibilidade de participação dos outros partidos nas decisões. O partido de Renzi, o Itália Viva, é uma dissidência do Partido Democrático e teve 3% de votos nas eleições de 2018. A ação de Renzi deixou Salvini animado com a possibilidade de convocação de eleições antecipadas.

- Mesmo em um ano pandêmico como o de 2020, o balanço final do PIB chinês foi positivo e na casa dos 2,3% de crescimento econômico. No primeiro trimestre de 2020, quando o país era o epicentro do surto por um novo tipo de coronavírus, sua economia chegou a cair 6,8%. Mas a recuperação veio nos trimestres seguintes, com mais força no último (6,5%). Somente a produção industrial registrou um avanço em 2020 de 7,3%. O anúncio foi feito pelo Escritório Nacional de Estatísticas da China no dia de ontem (18/01).

- Acontecerá amanhã (20/01) a posse do novo presidente dos EUA. Os democratas Joe Biden e Kamalla Harris tomarão posse dentro de um esquema de segurança não muito comum nas últimas posses presidenciais dos EUA. Ruas e avenidas fechadas, um muro de quatro metros envolve o Capitólio, e uma presença massiva de Guardas Nacionais, polícia local, polícia do capitólio. Fala-se em um contingente de 25 mil da Guarda Nacional, número maior do que as tropas norte-americanas hoje posicionadas no Iraque e no Afeganistão juntas. O presidente Trump não estará na cerimônia. Ele deixará Washington ainda hoje rumo ao seu resort de Mar-a-Lago, na Flórida. Entre as suas últimas ações no dia de ontem houve uma liberação para entrada de viajantes nos EUA, Brasil incluído, apesar da atual gravidade da pandemia, a partir do dia 26 de janeiro. Logo que saiu tal resolução, a porta-voz de Biden anunciou que essa medida será revogada e que na verdade as restrições de entrada no país serão aumentadas diante da crise do coronavírus ainda em alta com uma média de 4 mil mortos por dia no país. Também é aguardada a lista de indultos de Trump como último ato na presidência.

- O Peru se prepara para eleições em abril. A presidente do Congresso peruano, Mirtha Vázquez, anunciou ontem (18/01) um protocolo sanitário para vigorar durante a campanha e o pleito. O Peru ainda é um dos países mais atingidos pelo coronavírus na América do Sul. Mirtha assumiu a presidência do Parlamento logo que o então presidente Francisco Sagasti assumiu a presidência do país dado o vácuo político deixado pelo impeachment de Martin Vizcarra e a renúncia de Manuel Merino. Ela era vice-presidente na chapa que elegeu Sagasti. As eleições no Peru vão acontecer em 11 de abril. Se houver segundo turno será em 6 de junho. Serão eleitos o/a presidente, dois vices, 130 parlamentares e 5 parlamentares andinos para o período que vai de 2021 a 2026. Uma última pesquisa Ipsos aponta que ainda há indefinição em 25% do eleitorado peruanos sobre o candidato em que votarão. As intenções de voto aparecem assim: George Forsyth (ex-jogador de futebol, partido Vitória Nacional) com 17%, Keiko Fujimori (filha de Alberto Fujimori, candidata pela terceira vez, partido Força Popular) com 8%, Verónika Mendoza (psicóloga/antropóloga de esquerda, partido Novo Peru) com 7%, Julio Guzmán (economista/centrista, Partido Morado) com 7%, e Daniel Uresti (militar aposentado, partido Podemos Peru) com 6%. O Peru está neste momento vivendo uma greve de médicos e profissionais da área de saúde em geral. Os hospitais estão em colapso com falta de oxigênio e leitos de UTI, semelhante ao que ocorre em Manaus. O país conta com quase 40 mil mortos pelo coronavírus.

- O Chile também tem eleições presidenciais em novembro de 2021. Ontem foram anunciados novos “sondeos”, sondagens de opinião pública, pelo instituto Cadem. O comunista do PC chileno, Daniel Jadue, divide a liderança nas preferências espontâneas do eleitorado com Joaquín Lavín da UDI, com 7% cada. São seguidos por Evelyn Matthei, 4%, Sebastián Sichel, 4%, José Antonio Kast, 3%, e Pamela Jiles, 2%. No entanto, a aprovação de Jadue caiu de 47% para 39% e quando perguntados sobre quem acreditam que será eleito, os números apontam 15% para Lavín, contra 6% de Jadue. Foram feitas questões também sobre a nova candidata, Paula Narváez, do PS, ex-ministra de Bachelet que apareceu com 30% de aprovação. Piñera aparece com aprovação de 17% e desaprovação de 72%. Jadue pode ter sido atingido pela exploração midiática do assim chamado “caso Luminarias”. Trata-se de uma investigação que está sendo feita nos contratos de iluminação pública em vários municípios e um deles é o da Recoleta, município governado por Jadue. Embora não exista nenhuma prova de corrupção cometida pela administração, a imprensa chilena está explorando o caso para diminuir a aprovação do comunista. Outro destaque do momento na corrida presidencial é a candidatura Paula Narváez, que foi ministra no segundo governo Bachelet e funcionária da ONU Mulheres hoje em dia. Narváez é da esquerda do partido socialista e herda o legado de Bachelet.

- Além das presidenciais, o Chile terá no dia 11 de abril a eleição das/dos representantes constituintes. Eles farão a elaboração da nova Constituinte do país. No mesmo dia, os/as chilenos votarão para governadores regionais, prefeitos e vereadores. Serão quatro cédulas. Estão inscritas 101 chapas, sendo 79 delas para constituintes. Cada uma dessas listas será correspondida a uma letra do alfabeto e a combinação das letras define o voto do cidadão.

- Chegam notícias de que a Índia vai começar a exportação de sua vacina, mas o Brasil ainda não consta da lista de países receptores das doses do imunizantes. Estão lá na lista o Bangladesh, Butão, Ilhas Maldivas, Nepal, Mianmar, Sri Lanka, Afeganistão e Ilhas Seychelles. 

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