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Coronavírus

Itamaraty fracassa, e Bolsonaro admite que voo para buscar vacina na Índia ‘vai atrasar’

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Chanceler Ernesto Araújo tentou convencer indianos a fornecer vacina agora, mas não conseguiu; governo agora requisitou todas as doses da CoronaVac

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2021-01-15T21:30:00.000Z

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O presidente Jair Bolsonaro admitiu, em entrevista nesta sexta (15/01) à TV Bandeirantes, que o voo com destino à Índia para buscar as doses da vacina de Oxford/AstraZeneca fabricadas pelo Serum Institute vai atrasar, confirmando que a pressão feita pelo Itamaraty para que Nova Délhi enviasse os imunizantes não surtiu efeito.

"Foi tudo acertado para disponibilizar 2 milhões de doses. Só que hoje, neste exato momento, está começando a vacinação na Índia. É um país com 1,3 bilhão de habitantes. Então, resolveu-se, não foi decisão nossa, atrasar um ou dois dias, até que o povo comece a ser vacinado lá. Lá também tem as pressões políticas de um lado e de outro. Isso daí, no meu entender, daqui a dois, três dias no máximo, nosso avião vai partir e vai trazer esses 2 milhões de vacinas para cá", disse o presidente.

A aeronave da Azul saiu ontem de Campinas (SP) – com atraso, para poder receber um adesivo do governo federal – com destino a Recife, onde faria uma escala antes de seguir para Mumbai, na Índia, sem saber se conseguiria efetivamente pegar as doses. Porém, a decolagem, prevista ainda para quinta (14/01), foi adiada para sexta (15/01). Agora, segundo as declarações de Bolsonaro, deve acontecer somente durante a semana.

Com isso, o “calendário” previsto pelo governo – de começar a vacinação nos dias 19 ou 20 de janeiro – fica praticamente inviabilizado.

Isac Nóbrega/PR
Bolsonaro atribuiu a 'pressões políticas' na Índia fracasso de operação para buscar vacina

Enquanto isso, temendo o impacto político, o Ministério da Saúde mandou um ofício ao Instituto Butantan solicitando a entrega imediata de todas as 6 milhões de doses da CoronaVac, desenvolvida pelo órgão paulista junto com a fabricante chinesa Sinovac. O governo paulista, segundo o UOL, disse que irá recorrer ao STF.

Ambas as vacinas ainda estão sob análise da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que prometeu dar um parecer sobre a aprovação dos imunizantes até este domingo (17/01).

Doses da Índia

Na noite de quinta, o chanceler Ernesto Araújo ligou para seu homólogo indiano, Subrahmanyam Jaishankar, pedindo a liberação das doses. O Itamaraty disse que Nova Délhi teria recebido o pedido com boa vontade, mas se recusado a informar uma data.

De acordo com o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Índia, Anurag Srivastava, as exportações das doses da vacina só devem acontecer após o país vacinar sua população, o que deve começar neste sábado (16/01)

“O processo de vacinação está apenas começando na Índia. É muito cedo para dar uma resposta específica sobre o fornecimento para outros países”, disse Srivastava.

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Guaidó é acusado de pedir desbloqueio de US$ 53 milhões aos EUA para governo paralelo

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Valor seria 'orçamento anual' do gabinete do líder opositor, denuncia Jorge Rodríguez, presidente do Poder Legislativo

Michele de Mello

Brasil de Fato Brasil de Fato

Caracas (Venezuela)
2021-04-13T22:50:00.000Z

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O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, denunciou nesta terça-feira (13/04) que o ex-deputado Juan Guaidó pode desbloquear US$ 53, 2 milhões (cerca de R$265 milhões) nos Estados Unidos para manter a estrutura do governo paralelo. 

Segundo Rodríguez, Guaidó e seus aliados enviaram um orçamento anual ao Escritório de Controle de Bens Estrangeiros (OFAC - sigla em inglês), unidade do Departamento do Tesouro, que libera os dólares diretamente das contas venezuelanas em bancos nos EUA.

O montante seria dividido entre o gabinete da presidência de Guaidó, os seus escritórios de Assuntos Exteriores, deputados da antiga Assembleia Nacional, que seriam parte do seu “Conselho Administrativo”, e o canal TV Capitólio, responsável por cobrir atividades da oposição.

Somente para gastos pessoais do ex-deputado Juan Guaidó teriam sido indicados US$ 2 milhões. Os repasses atingem membros dos quatro maiores partidos da oposição, chamado G4: Vontade Popular, Primeiro Justiça, Ação Democrática e Um Novo Tempo.

Com base em gravações telefônicas do ex-deputado Sergio Vergara, assessor de Guaidó, a AN pode ter acesso aos detalhes do esquema de desvio de dinheiro público venezuelano.

Vergara foi um dos assessores de Guaidó que assinou o contrato com a empresa militar Silverscorp para colocar em prática a Operação Gedeón – tentativa de invasão paramilitar de maio de 2020.

Desde 2019, a Casa Branca reconhece o opositor Juan Guaidó como presidente encarregado da Venezuela, deixando sob sua responsabilidade o gerenciamento dos ativos públicos venezuelanos nos Estados Unidos, incluindo a maior empresa pública da Venezuela no exterior: Citgo Petroleum, filial da Pdvsa. 

A Citgo é avaliada em US$ 7 bilhões e tem uma capacidade de refino de 759 mil barris de petróleo anualmente.  Entre 2015 e 2017, teve um lucro de cerca de US$ 2,5 bilhões (R$ 10 bilhões). No esquema revelado por Jorge Rodríguez, a diretoria da Citgo teria acesso a US$ 1,15 milhão do orçamento.

Presidente da AN apresentou detalhes do esquema de desvio do dinheiro público venezuelano por parte da oposição aliada a Guaidó

O valor depositado nas contas dos opositores deveria servir para pagar gastos com transporte, alimentação, segurança e seus salários, como assessores políticos nomeados pelo autoproclamado Guaidó. 

"Esse dinheiro tem servido para comprar suas mansões em Miami. Roubar é a única atividade na qual Guaidó teve êxito", declarou o presidente do Legislativo.  

Neste ano, a OFAC solicitou ao setor guaidosista recortar o "orçamento" e este seria o motivo da reunião liderada por Vergara, que detalhou o passo a passo do repasse do dinheiro no exterior à oposição.   

Em resposta ao pedido do Departamento do Tesouro, Guaidó teria encerrado o programa "Heróis da Saúde", criado em 2020, para oferecer um bônus de US$ 100 como recompensa aos profissionais que trabalham no combate à pandemia na Venezuela. 

"Eles se roubam entre eles mesmos", acusa Rodríguez e aponta que, neste momento, há uma disputa dentro da oposição venezuelana entre Juan Guaidó e Leopoldo López, do partido Vontade Popular, contra Júlio Borges (Primeiro Justiça) e Henry Ramos Allup (Ação Democrática), para liderar o bloco opositor de extrema-direita e ter prioridade no acesso aos recursos financeiros. 

A Venezuela denuncia que possui US$ 7 bilhões bloqueados em entidades bancárias nos Estados Unidos e na União Europeia.

O governo venezuelano denuncia que Guaidó não cumpre com acordos assinados no ano passado para o desbloqueio de parte do dinheiro público que seria destinado para um fundo de combate à pandemia, gerenciado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Na última semana, Guaidó conseguiu sacar cerca de US$ 30 milhões (aproximadamente R$ 150 milhões) dos fundos depositados em Londres para cobrir gastos pessoais, mas se negou a liberar as reservas de ouro venezuelano retidas no Banco da Inglaterra.

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