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Coronavírus

Brasil e África do Sul pagam mais do que o dobro que europeus por vacinas

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Para governos sul-africano e brasileiro, imunizante contra covid-19 custará 5,25 dólares, enquanto europeus pagarão 2,16 dólares

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2021-01-22T15:38:00.000Z

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A África do Sul e o Brasil vão pagar 2,5 vezes mais que os países europeus pela vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela multinacional anglo-sueca AstraZeneca.

O Departamento de Saúde do país africano confirmou à agência AFP nesta quinta-feira (21/01) que o custo será de US$ 5,25 por dose e que foram encomendadas 1,5 milhão de unidades ao Instituto Serum da Índia, que também tem autorização para fabricar o imunizante.

O valor é o mesmo que será pago pelo Brasil pelas 2 milhões de doses produzidas pelo Instituto Serum e que desembarcam nesta sexta-feira (22/01) em São Paulo. O preço está em um comunicado divulgado no início do mês pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que futuramente fabricará a vacina de Oxford no país.

Os membros da União Europeia, por sua vez, vão pagar o equivalente a US$ 2,16 por dose, segundo um tuite publicado e deletado logo em seguida pela secretária de Orçamento da Bélgica, Eva De Bleeker, em dezembro.

Pomar Germán/Télam
Para governos sul-africano e brasileiro, imunizante custará 5,25 dólares, enquanto europeus pagarão 2,16 dólares

No fim do ano passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já havia alertado contra o "nacionalismo nas vacinas" e a "manipulação de preços". No início desta semana, o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom, reforçou o discurso e disse que o mundo está "à beira de uma catástrofe moral" por conta das desigualdades nos processos de imunização.

Até o momento, mais de 56 milhões de doses de vacinas anti-covid já foram aplicadas em todo o mundo, segundo o portal Our World in Data, sendo apenas 13.163 na África (todas elas nas Seychelles).

A Covax Facility, projeto patrocinado pela OMS para facilitar a distribuição de vacinas por todo o mundo, prevê abastecer os países entre abril e junho. Até o momento, a África do Sul contabiliza 1,38 milhão de casos do novo coronavírus e 39,5 mil mortes.

*Com ANSA

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Política e Economia

Guaidó é acusado de pedir desbloqueio de US$ 53 milhões aos EUA para governo paralelo

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Valor seria 'orçamento anual' do gabinete do líder opositor, denuncia Jorge Rodríguez, presidente do Poder Legislativo

Michele de Mello

Brasil de Fato Brasil de Fato

Caracas (Venezuela)
2021-04-13T22:50:00.000Z

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O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, denunciou nesta terça-feira (13/04) que o ex-deputado Juan Guaidó pode desbloquear US$ 53, 2 milhões (cerca de R$265 milhões) nos Estados Unidos para manter a estrutura do governo paralelo. 

Segundo Rodríguez, Guaidó e seus aliados enviaram um orçamento anual ao Escritório de Controle de Bens Estrangeiros (OFAC - sigla em inglês), unidade do Departamento do Tesouro, que libera os dólares diretamente das contas venezuelanas em bancos nos EUA.

O montante seria dividido entre o gabinete da presidência de Guaidó, os seus escritórios de Assuntos Exteriores, deputados da antiga Assembleia Nacional, que seriam parte do seu “Conselho Administrativo”, e o canal TV Capitólio, responsável por cobrir atividades da oposição.

Somente para gastos pessoais do ex-deputado Juan Guaidó teriam sido indicados US$ 2 milhões. Os repasses atingem membros dos quatro maiores partidos da oposição, chamado G4: Vontade Popular, Primeiro Justiça, Ação Democrática e Um Novo Tempo.

Com base em gravações telefônicas do ex-deputado Sergio Vergara, assessor de Guaidó, a AN pode ter acesso aos detalhes do esquema de desvio de dinheiro público venezuelano.

Vergara foi um dos assessores de Guaidó que assinou o contrato com a empresa militar Silverscorp para colocar em prática a Operação Gedeón – tentativa de invasão paramilitar de maio de 2020.

Desde 2019, a Casa Branca reconhece o opositor Juan Guaidó como presidente encarregado da Venezuela, deixando sob sua responsabilidade o gerenciamento dos ativos públicos venezuelanos nos Estados Unidos, incluindo a maior empresa pública da Venezuela no exterior: Citgo Petroleum, filial da Pdvsa. 

A Citgo é avaliada em US$ 7 bilhões e tem uma capacidade de refino de 759 mil barris de petróleo anualmente.  Entre 2015 e 2017, teve um lucro de cerca de US$ 2,5 bilhões (R$ 10 bilhões). No esquema revelado por Jorge Rodríguez, a diretoria da Citgo teria acesso a US$ 1,15 milhão do orçamento.

Presidente da AN apresentou detalhes do esquema de desvio do dinheiro público venezuelano por parte da oposição aliada a Guaidó

O valor depositado nas contas dos opositores deveria servir para pagar gastos com transporte, alimentação, segurança e seus salários, como assessores políticos nomeados pelo autoproclamado Guaidó. 

"Esse dinheiro tem servido para comprar suas mansões em Miami. Roubar é a única atividade na qual Guaidó teve êxito", declarou o presidente do Legislativo.  

Neste ano, a OFAC solicitou ao setor guaidosista recortar o "orçamento" e este seria o motivo da reunião liderada por Vergara, que detalhou o passo a passo do repasse do dinheiro no exterior à oposição.   

Em resposta ao pedido do Departamento do Tesouro, Guaidó teria encerrado o programa "Heróis da Saúde", criado em 2020, para oferecer um bônus de US$ 100 como recompensa aos profissionais que trabalham no combate à pandemia na Venezuela. 

"Eles se roubam entre eles mesmos", acusa Rodríguez e aponta que, neste momento, há uma disputa dentro da oposição venezuelana entre Juan Guaidó e Leopoldo López, do partido Vontade Popular, contra Júlio Borges (Primeiro Justiça) e Henry Ramos Allup (Ação Democrática), para liderar o bloco opositor de extrema-direita e ter prioridade no acesso aos recursos financeiros. 

A Venezuela denuncia que possui US$ 7 bilhões bloqueados em entidades bancárias nos Estados Unidos e na União Europeia.

O governo venezuelano denuncia que Guaidó não cumpre com acordos assinados no ano passado para o desbloqueio de parte do dinheiro público que seria destinado para um fundo de combate à pandemia, gerenciado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Na última semana, Guaidó conseguiu sacar cerca de US$ 30 milhões (aproximadamente R$ 150 milhões) dos fundos depositados em Londres para cobrir gastos pessoais, mas se negou a liberar as reservas de ouro venezuelano retidas no Banco da Inglaterra.

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