O presidente da Tanzânia, John Magufuli, morreu nesta quarta-feira (17/03), aos 61 anos, em decorrência de “problemas cardíacos”.
Segundo a vice-presidente, Samia Suluhu Hassan, Magufuli foi internado por alguns dias em 6 de março e depois recebeu alta. Mas, no dia 14 de março foi hospitalizado novamente. “É com profundo pesar que vos informo que hoje, 17 de março de 2021, às 18h, nós perdemos o nosso corajoso líder, o presidente da República da Tanzânia, John Pombe Magufuli”, disse.
Porém, os opositores afirmam que a verdadeira causa da morte do mandatário, que estava ausente de qualquer aparição pública desde 27 de fevereiro, foi a covid-19.
Magufuli era um negacionista da doença e dizia que a Tanzânia não tinha mais casos do coronavírus “há mais de um ano”. Os dados oficiais pararam de ser publicados logo depois dos primeiros contágios terem sido registrados no país africano.
Paul Kagame/Flickr
Presidente estava ausente de qualquer aparição pública desde 27 de fevereiro
Apesar das autoridades tanzanianas criarem orientações sanitárias sobre como enfrentar o coronavírus, como lavar as mãos, usar máscaras e manter o distanciamento, Magufuli não seguia as regras e dizia para a população rezar e usar ervas medicinais para evitar contrair a covid-19.
Além disso, em outubro do ano passado, mandatário realizou as eleições gerais sem nenhum tipo de preocupação sanitária – em ato que suscitou críticas dos opositores e também de países vizinhos.
Desde o início desse ano, o país vem registrando uma alta expressiva no número de óbitos, mas o governo afirmou que as mortes foram causadas por “pneumonia”. E esses casos também ocorreram dentro do alto escalão político, mas foram negados oficialmente.
Aos 61 anos, o presidente foi reeleito em outubro do ano passado para o cargo que ocupava desde 2015.
(*) Com Ansa.