O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, relatou nesta terça-feira (06/04) que Marcelo Queiroga, ministro da Saúde do Brasil, apontou como “realmente terrível” a situação do país na pandemia da covid-19.
Ghebreyesus e Queiroga conversaram pela primeira vez no último sábado (03/04) após episódios de ataques do governo brasileiro contra a entidade. Segundo o jornalista Jamil Chade, as autoridades de ambos os lados chegaram a um acordo para permitir que técnicos da organização possam trabalhar para ajudar o Brasil na gestão da pandemia.
“Discutimos como a situação é séria no Brasil e ele [Queiroga] começou descrevendo a situação que é realmente terrível, e o que ele gostaria de fazer”, disse Ghebreyesus. “Concordamos no caminho a seguir”, explicou o diretor-geral afirmando que a OMS está disposta em auxiliar “de todas as maneiras possíveis”.
Para ele, esta não foi a última conversa que as autoridades realizaram. Segundo o diretor-geral, haverá novas reuniões para detalhar “ações que devem ser tomadas” no combate ao coronavírus no país.
Alan Santos/PR
Brasil registrou 4.195 mortes nas últimas 24 horas, um recorde absoluto desde o início da pandemia
Segundo país mais atingido pela covid-19, o Brasil contabiliza, de acordo com os dados da Universidade Johns Hopkins, 13.013.601 casos e 332.752 mortes em decorrência da doença. Somente nesta terça-feira, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) registrou 4.195 mortes nas últimas 24 horas, um recorde absoluto desde o início da pandemia, em fevereiro do ano passado.
O dado também é um dos mais altos registrados no mundo. Conforme a Johns Hopkins, o recorde para 24 horas pertence aos Estados Unidos: foram 4.476 óbitos no dia 12 de janeiro.
Brasil tem 20.685.707 de pessoas que receberam ao menos uma dose das duas vacinas aplicadas no Brasil e 5.798.401 que foram totalmente imunizadas com as duas doses, o que representa 2,74% da população.
(*) Com Ansa.