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Coronavírus

Leis de mercado não podem prevalecer na vacinação contra covid, diz papa

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Ao voltar a cobrar acesso universal de imunizantes, o pontífice afirmou: 'a pandemia nos lembrou mais uma vez que ninguém pode se salvar sozinho'

Redação

ANSA ANSA

Cidade do Vaticano (Vaticano)
2021-04-08T13:56:00.000Z

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Em uma carta ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional (FMI), o papa Francisco afirmou que as leis de mercado não podem prevalecer sobre a solidariedade na distribuição de vacinas anti-Covid.

A mensagem dá sequência à benção de Páscoa do pontífice, quando ele cobrou acesso universal a imunizantes contra o novo coronavírus. Na carta, Jorge Bergoglio diz que chegou a hora de reconhecer que o mercado financeiro "não governa a si mesmo" e precisa estar sujeito a "leis e regulações que assegurem seu trabalho pelo bem comum".

"Nesse sentido, precisamos especialmente do financiamento de uma solidariedade da vacina, pois não podemos permitir que as leis do mercado tenham precedência sobre as leis do amor e da saúde de todos. Reitero meu apelo para que líderes governamentais, empresas e organizações internacionais trabalhem juntos para fornecer vacinas para todos, especialmente para os mais vulneráveis e necessitados", acrescenta o Papa.

Além disso, Francisco ressalta que uma "redução significativa" do peso da dívida dos países mais pobres seria um "gesto profundamente humano" que poderia ajudar no desenvolvimento e acesso a vacinas, saúde, educação e trabalho.

"Enquanto muitos países estão agora consolidando planos de recuperação individuais, permanece a necessidade urgente de um plano global que possa criar novas ou regenerar as instituições existentes. [...] Isso necessariamente significa dar às nações mais pobres e menos desenvolvidas uma parcela efetiva do processo decisório", diz.

VaticanNews
Mensagem de solidariedade veio na sequência de benção da Páscoa

O Papa também salienta que a noção de "recuperação" não pode se satisfazer com o retorno a um "modelo desigual e insustentável de vida social e econômica, no qual uma pequena minoria da população mundial detém metade de sua riqueza".

"A pandemia nos lembrou mais uma vez que ninguém pode se salvar sozinho. Se quisermos sair dessa situação como um mundo melhor, mais humano e solidário, é necessário conceber novas e criativas formas de participação social, política e econômica, sensíveis à voz dos pobres e empenhadas em incluí-los na construção do nosso futuro comum", afirma Bergoglio.

Segundo o portal Our World in Data, já foram aplicadas quase 700 milhões de doses de vacinas anti-Covid no mundo, mas quase 50% estão concentradas na Europa e na América do Norte. A África, que tem 15% da população do planeta, responde por menos de 2% das doses administradas até o momento.

O próprio FMI, em seu último relatório de projeções para a economia, afirmou que os países "vão precisar trabalhar juntos para garantir acesso universal" a vacinas contra o novo coronavírus. De acordo com o fundo, é "profundamente inquietante" que nações de alta renda que reúnem 16% da população do planeta tenham reservado 50% das doses oferecidas pela indústria farmacêutica.

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Eleições 2021 no Peru

Peru: Boca de urna indica esquerda no 2º turno com Pedro Castillo; cinco candidatos disputam a outra vaga

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Resultados da Ipsos Perú apontam Castillo com 16,1%; Hernando de Soto e a filha do ex-ditador Fujimori, Keiko Fujimori, aparecem empatados com 11,9%

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2021-04-12T00:36:00.000Z

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Pesquisa de boca de urna no Peru, divulgada após o fim da votação eleitoral neste domingo (11/04), indica vantagem do candidato da esquerda pelo partido Peru Livre, Pedro Castillo, na liderança do segundo turno. Outros cinco nomes disputam a outra vaga. 

Resultados da consultora Ipsos Perú apontam Castillo em primeiro com 16,1% dos votos eleitorais. Segundo o instituto, Hernando de Soto, do Avança País, e a filha do ex-ditador Alberto Fujimori, Keiko Fujimori, do Força Popular, aparecem empatados com 11,9%. 

Ainda de acordo com a boca de urna da Ipsos, Yohny Lescano, candidato de centro-direita do partido Ação Popular, está na quarta colocação com 11% dos votos. A pesquisa também aponta Rafael López Aliaga, do Renovação Popular, com 10,5% dos votos, e Verónika Mendoza, Juntos por Peru, com 8,8%. O primeiro resultado prévio deve ser divulgado às 21h (23h em Brasília).

Pedro Castillo

Castillo, que é professor do ensino básico do país, teve reconhecimento nacional em 2017, quando o candidato à Presidência peruana liderou uma greve de profissionais da educação peruana. Quando jovem, o docente fazia parte de rondas campesinas, formas de organizações para combater os crimes que ocorriam nas zonas rurais do Peru, o que, ainda hoje, representa em suas caminhadas ao usar chapéu característico aos integrantes das rondas. 

As rondas campesinas enfrentavam grupos como o Sendero Luminoso, grupo guerrilheiro peruano formado nos anos 60. Durante a campanha de Castillo, houve acusações de supostas aproximações entre o candidato e membros do Sendero Luminoso. 

Em sua campanha eleitoral, o líder na pesquisa Ipsos fala em uma participação popular e o chamamento para uma Constituinte no Peru. Pesquisas anteriores ao pleito deste domingo indicavam que a sigla Peru Livre e Castillo angariariam cerca de 6% na intenção de votos.

Reprodução
Boca de urna aponta Pedro Castillo (dir) na liderança com 16,1% dos votos eleitorais

Dia de votação

O presidente do Júri Eleitoral Nacional (JNE) do Peru, Jorge Luis Salas, disse que o processo de votação ocorreu de forma tranquila, sem nenhum registro de atos de violência ou manifestações. O Gabinete Nacional de Processos Eleitorais (ONPE) peruano declarou que 99,96% das mesas de votação foram instaladas em todo o país.

As urnas peruanas foram abertas das 7h às 19h, horário local. O voto é obrigatório, seu não cumprimento pode gerar uma multa de cerca de R$300.

Impasse político

O impasse político no Peru, no qual teve quatro presidentes nos últimos três anos, também se apresenta nas últimas pesquisas de opinião, que apontaram empate técnico entre cinco do total de 18 candidatos à Presidência. Se nenhum candidato obtiver mais de 50% dos votos, o segundo turno será realizado no dia 6 de junho.

Em estudos de intenção de votos, a disputa aparece acirrada. Nomes como de Verónika Mendoza, do Juntos pelo Peru, candidata do campo progressista, reúne cerca de 12% das intenções. Ao seu lado aparecem Yohny Lescano, candidato de centro-direita do partido Ação Popular, e o direitista Hernando de Soto, do Avança País. 

No entanto, outros dois nomes também estão no páreo. A filha do ex-ditador Alberto Fujimori, Keiko Fujimori, do Força Popular, por exemplo, aparece com cerca de 11% nas pesquisas. Já o ex-jogador de futebol George Forsyth, do partido Vitória Nacional, angariou em pesquisas 8% dos votos.

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