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Coronavírus

Mais de 60 passageiros vindos da África do Sul testam positivo à covid-19 na Holanda

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Passageiros foram colocados em quarentena, e exames estão sendo feitos para identificar se a contaminação diz respeito à variante ômicron

Redação

RFI RFI

2021-11-27T13:45:43.000Z

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As autoridades sanitárias holandesas anunciaram neste sábado (27/11) que 61 pessoas que desembarcaram no país em dois aviões vindos da África do Sul testaram positivo à covid-19. Os passageiros infectados foram colocados em quarentena em um hotel perto do aeroporto de Amsterdã.     

Em comunicado, as autoridades holandesas declararam que exames suplementares estão sendo realizados para detectar se as pessoas foram contaminadas pela nova variante ômicron. Na sexta-feira (26/11), a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a linhagem originária da África do Sul como "preocupante". 

Segundo a Holanda, as 61 pessoas fazem parte de um grupo de 600 passageiros que chegaram ao país na sexta-feira em voos provenientes da Cidade do cabo e de Joanesburgo. "Entre os resultados positivos dos testes, estamos procurando saber o mais rápido possível se essas contaminações dizem respeito à ômicron", afirma o documento. 

A Bélgica é o único país europeu onde a nova variante foi oficialmente detectada. A Alemanha anunciou neste sábado ter um caso suspeito da ômicron. Depois de ter sido descoberta na África do Sul, a linhagem também foi registrada em Botsuana, Hong Kong e Israel. 

Fronteiras fechadas à países africanos

Países de todas as regiões do mundo, entre eles o Brasil, anunciaram na sexta-feira o fechamento de suas fronteiras para viajantes oriundos do sul da África. Das bolsas de valores ao petróleo, os mercados mundiais foram abalados com as notícias sobre a nova variante, em meio a um forte temor de que a economia global seja novamente abalada pela pandemia. 

O governo da África do Sul classificou as restrições como "draconianas". "Esse tipo de reação é instintiva e de pânico", criticou o ministro sul-africano da Saúde, Joe Phaahla.

O presidente americano, Joe Biden, afirmou que a nova variante deve encorajar o resto do mundo a fornecer vacinas para as nações mais pobres, ressaltando que os Estados Unidos são os responsáveis pelas maiores doações de imunizantes anticovid do planeta. O líder democrata também pediu que os países renunciem às proteções de propriedade intelectual para permitir a fabricação de vacinas em todo o mundo.

Wikicommons
Passageiros foram colocados em quarentena, e exames estão sendo feitos para identificar se a contaminação diz respeito à variante ômicron

"Esta pandemia não vai acabar até que tenhamos uma vacinação global", alertou Biden em um comunicado de Nantucket, onde passa o feriado de Ação de Graças.

Eficácia das vacinas

A OMS declarou na sexta-feira que pode levar várias semanas para determinar se a nova variante acarreta em mudanças na transmissibilidade ou gravidade da Covid-19, bem como na eficácia das vacinas, testes e tratamentos contra o vírus. 

A linhagem B.1.1.529 tem um número "extremamente alto" de mutações e "podemos ver que tem um potencial muito alto de disseminação", disse na quinta-feira (25/11) o virologista brasileiro Túlio de Oliveira, baseado na África do Sul e diretor do KRISP, centro especializado no estudo do coronavírus. 

A ômicron pode ser responsável por um aumento vertiginoso na quantidade de infecções por Covid-19 na África do Sul. No último 1° de novembro, o país registrou 106 novos casos e duas mortes por Covid-19. Apenas na quinta-feira, as autoridades sul-africanas contabilizaram 2.465 novos casos e 114 mortes pela doença.  

Segundo especialistas, metamorfoses do vírus original são comuns e podem torná-lo mais transmissível ou dominante, como é atualmente o caso da variante delta. "O que nos preocupa é que essa linhagem pode não apenas ter uma capacidade de transmissão maior, mas também ser capaz de contornar partes do nosso sistema imunológico", afirmou o pesquisador sul-africano Richard Lessells. 

A empresa de biotecnologia alemã BioNTech e a farmacêutica norte-americana Pfizer anunciaram que estão estudando a nova variante. As gigantes esperam divulgar novas informações "no mais tardar em duas semanas" para dizer se a vacina desenvolvida em conjunto deve ser ajustada à omicron.

O laboratório norte-americano Moderna, por sua vez, indicou que vai desenvolver um reforço específico contra a nova linhagem. No entanto, para a Agência Europeia de Medicamentos (ESA), é "prematuro" planejar uma adaptação de vacinas. 

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Política e Economia

Argentina promulga lei que regula cannabis medicinal e cânhamo industrial

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'Um triunfo da sociedade contra a hipocrisia', assegurou o presidente Alberto Fernández sobre a nova legislação

Fernanda Paixão

Brasil de Fato Brasil de Fato

Buenos Aires (Argentina)
2022-05-27T21:20:00.000Z

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Nesta sexta-feira (27/05), o governo argentino promulgou oficialmente a lei 27.669 que regulariza a cannabis medicinal e o cânhamo industrial no país, conforme publicado no Boletim Oficial. A nova legislação estabelece a criação da Agência Reguladora da Indústria do Cânhamo e da Cannabis Medicinal (Ariccame) e será responsável por "regulamentar, controlar e emitir as autorizações administrativas com respeito ao uso de sementes da planta de cannabis, da cannabis e seus produtos derivados".

A Lei do Marco Regulatório para o Desenvolvimento da Indústria da Cannabis Medicinal e o Cânhamo Industrial também prevê a criação do Conselho Federal para o Desenvolvimento da Indústria do Cânhamo e Cannabis Medicinal, que contará com um representante do governo nacional e um por cada província do país. O já existente Instituto Nacional de Sementes (Inase) ditará as normas complementares.

"Este é um passo para o acesso ao direito à saúde", alegou o presidente Alberto Fernández durante o ato de promulgação da lei na última terça-feira (24/05) na Casa Rosada, sede do governo argentino. "Começamos a escutar as mães que, com a cannabis, faziam com que seus filhos pudessem ter uma vida melhor. Começamos a prestar atenção e hoje estamos ganhando uma batalha contra a hipocrisia", disse o mandatário.

"Por trás dessa lei, há uma indústria que produz, que dá trabalho, que trará dólares mas que, fundamentalmente, cure", agregou o presidente.

Também presente na cerimônia, o ministro de Ciência e Tecnologia, Daniel Filmus, ressaltou que a lei representa uma alternativa produtiva, e estima que levará à criação de pelo menos 10 mil postos de trabalho em três anos.

Twitter/Alberto Fernández
'Este é um passo para o acesso ao direito à saúde', alegou o presidente Alberto Fernández

Luta das mães contra o tabu da cannabis

O projeto de lei foi aprovado no dia 5 de maio na Câmara dos Deputados, com 155 votos a favor e apenas 56 contra. O projeto define um marco legal para o investimento público e privado em toda a cadeia da cannabis medicinal e do cânhamo industrial.

A conquista de uma lei para regularizar o uso medicinal da maconha foi resultado da luta de mães cujos filhos padecem alguma doença tratável com cannabis. Diante do tabu e da penalização sobre o cultivo e o uso da maconha, essas mães conformaram uma rede de troca de conhecimentos e produtos para o tratamento de seus filhos. A organização Mamá Cultiva esteve na linha de frente dessa militância.

O cânhamo, apesar de altamente estratégico industrialmente, também padece do tabu por ser também uma planta da família Cannabis. Neste caso, consiste em uma variedade da planta, a espécie Cannabis ruderalis, cujas fibras possuem alto valor industrial, sendo matéria-prima sustentável para a produção têxtil, como algodão, de alimentos, remédios, produtos de beleza e óleos.

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