A Administração de Alimentos e Remédios dos Estados Unidos (FDA), órgão federal de regulação, anunciou nesta segunda-feira (15/06) que revogou a autorização para o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina no tratamento de pessoas que contraíram o novo coronavírus.

Segundo a nota oficial, assinada pela cientista-chefe Denise Hinton, “não é razoável acreditar que os fatores conhecidos e os potenciais benefícios desses produtos superem seus riscos conhecidos e potenciais” e que, por isso, “a FDA revoga o uso emergencial de hidroxicloroquina e cloroquina nos EUA para tratar covid-19”.

Para o FDA, após uma revisão dos casos de pacientes que usaram as duas drogas, ficou constatado que as dosagens acabaram não tendo um efeito antiviral e que pesquisas mostram que não há diferença na eficiência do uso da cloroquina contra o coronavírus.

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A cloroquina e a hidroxicloroquina começaram a ser testadas em 28 de março para pacientes graves da covid-19 como forma de verificar a eficácia das drogas nos casos da pandemia. O tratamento já estava sendo utilizado, também em caráter experimental, em países da Europa e na China.

No entanto, uma série de pesquisas internacionais começou a apontar que as drogas não tinham efeitos positivos nos pacientes em diversos países. Um estudo publicado pela revista científica The Lancet, que depois foi revogado, chegou a dizer que os dois medicamentos provocavam mais mortes e crises cardíacas graves.

Organização Mundial da Saúde (OMS) chegou a paralisar os testes com a droga, mas retomou os estudos clínicos após o estudo publicado pela The Lancet ser revogado. Já Itália e França suspenderam o uso da droga fora de testes em hospitais.

A cloroquina e a hidroxicloroquina foram amplamente incentivas pelos presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, que chegou a dizer que tomou a droga como “prevenção, e do Brasil, Jair Bolsonaro. 

*Com ANSA