O Congresso dos Estados Unidos chegou neste domingo (20/12) a um acordo sobre um pacote de estímulos à economia que totaliza quase US$ 900 bilhões (cerca de R$ 4,7 trilhões).
A medida inclui financiamento para distribuição de vacinas contra o coronavírus Sars-CoV-2, benefícios de US$ 300 por semana para desempregados e uma nova rodada de cheques de estímulos, mas desta vez de US$ 600, metade do valor praticado em março.
Além disso, também estão previstos US$ 100 bilhões para ajudar escolas e creches a reabrirem e US$ 25 bilhões em auxílios habitacionais para evitar despejos.
O acordo foi alcançado após meses de negociações e em meio às tentativas de Donald Trump de sabotar o processo eleitoral nos EUA. A aprovação formal do pacote de estímulos está prevista para esta segunda-feira (21/12).
Casa Branca
Democratas Chuck Schumer (esq.) e Nancy Pelosi (centro) anunciaram acordo
“Concordamos sobre um pacote de quase US$ 900 bilhões com políticas focadas para ajudar americanos que já esperaram tempo demais”, disse o líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell.
Já a presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, e o líder da minoria no Senado, Chuck Schumer, afirmaram que a iniciativa entrega “recursos urgentes para salvar vidas e meios de subsistência do povo americano enquanto o vírus ganha força”.
A Câmara aprovou uma medida para financiar o governo por 24 horas e evitar uma paralisação das atividades federais até a chancela do pacote de estímulos.
Em um comunicado, o presidente eleito Joe Biden elogiou o acordo, mas prometeu uma nova injeção de dinheiro quando ele tomar posse, em 20 de janeiro. “O Congresso vai precisar trabalhar para apoiar nosso plano contra a covid-19 e as famílias em dificuldade”, disse.
Os EUA são o país mais atingido do mundo pela pandemia em termos absolutos, com quase 18 milhões de casos e 320 mil mortes.