O governo argentino informou, no final da noite deste domingo (05/12), que foi detectado no país o primeiro caso da variante ômicron em um homem de 38 anos, que voltou de viagem à África do Sul, que apresentou dois exames negativos, que estava vacinado e que já tinha contraído covid-19.
A Argentina somou-se ao Brasil e ao Chile como únicos países que detectaram ômicron na América do Sul. E o primeiro caso da nova variante chegou em forma de alerta à população.
“Com o primeiro caso da variante ômicron detectado na Argentina num viajante procedente da África do Sul, o Ministério da Saúde emite o presente alerta com o propósito de informar à população e de fortalecer a vigilância epidemiológica e as medidas de prevenção em todo o território argentino”, anunciou, em nota, o Ministério da Saúde.
Trata-se de um homem de 38 anos, residente na província de San Luis, a 750 km de Buenos Aires. Regressou à Argentina em 30 de novembro, depois de uma viagem de trabalho à África do Sul.
O homem foi contagiado apesar de ter o esquema de vacinação completo e de já ter contraído covid-19 em março deste ano. Ele apresentou exame de PCR, 72 horas antes de embarcar, e repetiu um teste de antígenos ao desembarcar no aeroporto de Buenos Aires, depois de uma escala nos Estados Unidos. Nos dois exames, o resultado para SARS-CoV-2 foi negativo.
Em 2 de dezembro, dois dias depois de aterrissar na Argentina, o passageiro soube que algumas pessoas no exterior, com as que tinha tido contato durante a viagem, foram diagnosticadas como casos positivos. Mesmo sem ter sintomas, o homem recorreu ao sistema de saúde para um novo exame.
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Primeiro caso é um homem de 38 anos, residente na província de San Luis, a 750 km de Buenos Aires
“Foi realizado um novo teste de antígenos e outro PCR com resultado positivo nos dois. Em 5 de dezembro, foi confirmada a variante ômicron”, informou o Ministério da Saúde.
Outras quatro pessoas com as quais o homem manteve contato desde que chegou de viagem foram isoladas nos seus domicílios, mesmo quando os resultados, por enquanto, deram negativo e os contatos estreitos não apresentem sintomas.
“Diante do perigo da variante ômicron, o governo argentino não descarta a possibilidade de medidas restritivas como o fechamento de fronteiras”, indicou, na semana passada, a porta-voz da Presidência, Gabriela Cerutti.
As fronteiras argentinas foram reabertas em novembro, depois de 20 meses fechadas.
Com 45 milhões de habitantes, a Argentina acumula 5,340 milhões de casos positivos, dos quais 116.646 faleceram. A população completamente vacinada chega a 66,9% enquanto 81,5% têm a primeira dose.