Segunda-feira, 16 de junho de 2025
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Os países da África precisam elevar em seis vezes sua taxa de vacinação para conseguir vencer a covid-19 no continente, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quinta-feira (03/02). Para alcançar a meta de 70% da população vacinada ainda em 2022, o continente deve vacinar 36 milhões de pessoas a cada sete dias. 

Hoje, os países africanos aplicam apenas seis milhões de imunizantes por semana, sendo o continente com menos doses de vacina contra a covid-19 aplicadas. 

Segundo os dados do projeto Our Wolrd in Data, da Universidade de Oxford, a Nigéria, país com pouco mais de 200 milhões de habitantes, administrou aproximadamente 20 milhões de doses, totalizando apenas 10% da população vacinada com ao menos uma dose. 

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A mesma situação ocorre em países como o Senegal, com 11% de vacinados em sua população de 16 milhões de pessoas, e Camarões, com 26 milhões de habitantes e apenas 3% da população vacinada.

Em alguns países, as taxas de imunização não são tão baixas, mas ainda sim precisam acelerar o processo de vacinação. A Argélia tem aproximadamente 13 milhões de doses aplicadas, totalizando 30% da população com pelo menos uma dose da vacina contra a covid-19. Já Angola aplicou quase 15 milhões de doses e chega a um percentual de 43% da população imunizada com ao menos uma dose.

Meta é atingir 70% da população vacinada ao final de 2022; continente enfrenta problemas de distribuição e desigualdade de acesso aos imunizantes

Pixabay

Países africanos devem vacinar 36 milhões de pessoas por semana

Já na África do Sul, primeiro país a identificar a variante ômicron, a situação é um pouco melhor. Com quase 60 milhões de habitantes, o país já aplicou pelo menos 30 milhões de doses, atingindo o percentual de 50% da população com no mínimo uma dose do imunizante. 

Por que a taxa de vacinação é baixa na África?

Mesmo que alguns países africanos tenham vivido a maior campanha de vacinação de suas histórias por causa da imunização contra a covid-19, a imunização no continente sofre uma crise no fornecimento das doses da vacina e problemas em distribuição . 

Apesar da criação do consórcio Covax, cujo objetivo é auxiliar na distribuição igualitária da vacina, o monopólio das doses em países mais ricos é evidente. Segundo a Unicef, membros do G-20 receberam 15 vezes mais doses por indivíduo do que países da África Subsariana, como Angola e Congo. 

Já as complicações na distribuição se concentram principalmente em defasagens entre a data de entrega dos imunizantes e suas datas de validade. Apesar da procura pelas vacinas e preocupação com o aumento de casos, a falta dos imunizantes em um período específico reduziu a procura pelas doses quando elas estava disponível.