A chefe da unidade de Pesquisa e Desenvolvimento da Organização Mundial da Saúde (OMS), Ana Maria Henao Restrepo, disse nesta quarta-feira (17/06) que o órgão suspendeu, pela segunda vez, os testes com a hidroxicloroquina no tratamento ao novo coronavírus.
A decisão foi baseada em um estudo recente do Reino Unido e nas informações que se tornaram disponíveis durante o Estudo de Solidariedade, uma iniciativa de diversos países a fim de encontrar tratamento correto à covid-19.
“Hoje, há apenas cinco minutos, finalizamos uma ligação com todos os pesquisadores do teste. Com base nas evidências disponíveis para os investigadores, para o secretariado […] foi tomada a decisão de interromper a randomização dos testes com a hidroxicloroquina”, disse a pesquisadora.
A medida da organização é tomada após uma revisão científica apontando que a hidroxicloroquina não reduz a mortalidade de pacientes hospitalizados.
Piqsels
Decisão foi baseada em um estudo recente do Reino Unido e nas informações que se tornaram disponíveis durante o Estudo de Solidariedade
“Com base nesta análise e na revisão das evidências publicadas, o Grupo Executivo do Estudo Solidariedade/Recuperação se reuniu em duas ocasiões e hoje nos reunimos com todos os PIs [investigadores principais]. Após deliberação, eles concluíram que o ramo da hidroxicloroquina será interrompido no Estudo de Solidariedade”, acrescentou.
Em maio, a OMS já havia suspendido os testes com o medicamento por uma questão de segurança, após a publicação de um estudo na revista The Lancet afirmando que o uso de cloroquina e hidroxicloroquina aumentam o risco de problemas cardíacos e não se mostraram eficientes contra o novo coronavírus.
A decisão foi revogada pouco tempo depois, e a organização voltou com os testes.
A OMS realiza o Estudo de Solidariedade para ajudar a encontrar remédios eficientes contra a covid-19. O trabalho inclui mais de 3.500 pacientes recrutados em 35 países.
(*) Com Sputnik.