O Vaticano confirmou nesta quinta-feira (14/01) que os papas Francisco e Bento 16 receberam a primeira dose da vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pelas empresas Biontech e Pfizer.
A campanha de imunização no menor país do mundo começou na última quarta (13/01), e o jornal argentino La Nación chegou a publicar que Jorge Bergoglio havia sido um dos primeiros a serem vacinados.
“Posso confirmar que, no âmbito do programa de vacinação do Vaticano, hoje [14/01] foi administrada a primeira dose da vacina para a covid-19 no papa Francisco e no papa emérito [Bento XVI]”, disse o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni.
Francisco está com 84 anos e também pertence ao grupo de risco por ter perdido parte de um pulmão devido a uma doença respiratória na juventude. Já Joseph Ratzinger tem 93 anos de idade.
Em entrevista a uma emissora italiana na semana passada, Francisco havia confirmado que tomaria a vacina contra o novo coronavírus e criticado o “negacionismo suicida” daqueles que são contrários à imunização.
“Eu acredito que, eticamente, todo mundo deva tomar a vacina. É uma opção ética porque você aposta na sua saúde, na sua vida, e também na vida dos outros”, afirmara.
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Francisco e Bento 16 foram vacinados contra covid-19
Morte de médico do papa
No último sábado (09/01), morreu, aos 78 anos, o médico pessoal do papa Francisco, Fabrizio Soccorsi, por conta de complicações ligadas à covid-19. O profissional trabalhava com o pontífice desde 2015.
Segundo o portal Vatican News, o profissional lutava contra um câncer e, por isso, estava internado no hospital Policlínico Gemelli, de Roma. No entanto, o falecimento foi causado por complicações ligadas ao coronavírus Sars-CoV-2.
Soccorsi teve uma longa carreira médica e também como professor desde 1968, trabalhando tanto no atendimento do serviço público como em áreas de pesquisa e administração de diversas instituições da capital italiana. Entre as universidades em que atuou, está a La Sapienza, uma das mais importantes do país.
Conforme o portal católico, o médico tem uma longa carreira também na pesquisa, com mais de uma centena de estudos – próprios ou em colaboração – publicados.
Antes de ser médico pessoal de Francisco, Soccorsi trabalhou como consultor da Direção de Saúde e Higiene do Governo de Estado da Cidade do Vaticano e como perito de consulta médica da Congregação da Causa dos Santos.