A Confederação de Nacionalidades Indígenas (Conaie) decidiu neste sábado (12/10) dialogar diretamente com o presidente do Equador, Lenín Moreno, sobre a revogação do decreto que retirou o subsídio dos combustíveis no país.
“Após um processo de consulta às comunidades, organizações, povos, nacionalidades e organizações sociais, decidimos participar do diálogo direto com Lenín Moreno sobre a revogação ou revisão do decreto 883”, disse a Conaie pelo Twitter.
Em uma carta enviada ao presidente, a organização ressalta três pontos que defende em relação ao diálogo:
1-Valorizamos positivamente a resposta pública dada ante as propostas apresentadas pelo Movimento Indígena e de mais setores sociais.
2-Insistimos na necessidade do diálogo de maneira direta e pública sobre o decreto 883, para a sua respectiva revogação e revisão do mesmo.
3-Deixamos claro que não dialogaremos sobre nenhum tipo de compensação.
Conaie/Reprodução
Há uma semana, manifestantes estão protestando contra o pacote de medidas econômicas anunciado por Lenín Moreno
Segundo o jornal El Universo, a Associação de Municípios do Equador (AME) anunciou que Moreno revisará o decreto do subsídio.
Protestos
Na quinta-feira (10/10), a Defensoria Pública confirmou a morte de cinco pessoas durantes os protestos que ocorrem há uma semana no país.
Ainda na quinta, os manifestantes fizeram um minuto de silêncio pelos “companheiros que morreram” e pediram “que sua força e sua convicção na luta pela defesa dos direitos dos mais pobres siga iluminando este caminho de insurreição popular frente um governo opressor”.
Na quarta-feira (09/10), movimentos indígenas, povos originários do país e grupos civis realizaram uma marcha em direção ao centro histórico de Quito contra o governo de Moreno. Ainda na quarta-feira, houve uma greve nacional contra o pacote econômico.
Veja carta na íntegra: