Os 12 dias de protestos de movimentos indígenas e sociais contra o presidente do Equador, Lenín Moreno, terminaram com um balanço de oito mortos, 1.340 feridos e 1.192 pessoas presas.
Os números foram divulgados nesta segunda-feira (14/10) pela Defensoria Pública, instituição nacional que monitora a situação dos direitos humanos do país, após o acordo entre governo e indígenas para interromper a onda de manifestações.
Os protestos foram desencadeados por um decreto de austeridade de Moreno que acabava com os subsídios públicos ao preço dos combustíveis, como parte de um pacote para garantir um empréstimo de US$ 4,2 bilhões do Fundo Monetário Internacional (FMI).
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Desde o último dia 2 de outubro, o país se viu tomado por uma série de protestos contra as medidas econômicas anunciadas pelo governo, que incluíam o fim dos subsídios aos combustíveis – gerando um reajuste de mais de 100%.
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Na noite de domingo (13/10), depois de quase cinco horas de negociação, a direção do movimento indígena e o governo de Moreno chegaram a um acordo de revogação do decreto 883, que retirava o subsídio aos combustíveis no país, para ser substituído por outro.
Com o acordo, a Confederação de Nacionalidades Indígenas (Conaie) suspendeu os protestos pelo país. No entanto, os indígenas ainda pedem a demissão dos ministros da Defesa, Oswaldo Jarrín, e de Governo, María Paula Romo, por conta da repressão às manifestações. Moreno, até o momento, não atendeu à exigência.
(*) Com ANSA