Quase quatro anos após o início dos protestos que ficaram conhecidos como Primavera Árabe, essa denominação ainda causa controvérsias entre especialistas. O retorno dos militares ao poder no Egito e a continuidade do processo democrático na Tunísia evidenciam os diferentes caminhos trilhados por cada um dos países que assistiram a revoltas a partir de dezembro de 2010.
Mas qual foi o impacto dessa onda de manifestações na vida das pessoas? Para tentar responder a essa questão, a jornalista Carolina Montenegro passou seis meses viajando entre Líbano, Tunísia e Egito. “A ideia era conhecer os bastidores da Primavera Árabe. Quem eram as pessoas envolvidas, como aquele movimento tinha mudado a vida das pessoas. Era um movimento tão inédito que, da minha concepção, de fato mudou o Oriente Médio”.
Neste mês, Carolina publica o resultado dessa experiência com o livro “Sobre jasmins, bombas e faraós: reportagens de uma viagem pela Primavera Árabe”, da editora Record. O lançamento será no dia 18 de outubro, em São Paulo, na Livraria da Vila (Rua Fradique Coutinho, 915).
Entre as histórias contadas pela jornalista está o problema do assédio sexual no Egito. “É uma questão social muito mais forte do que eu pensava. É uma realidade diária da vida das mulheres, elas têm que se preocupar até com o vagão do metrô que vão pegar. E para turistas estrangeiras é ainda pior.”
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Além dos relatos de Carolina, o livro ainda apresenta a cronologia dos fatos da Primavera Árabe e um álbum de fotos dos lugares visitados.
Antes da viagem, Carolina Montenegro trabalhou como repórter de “Mundo” da Folha de S. Paulo, freelancer da BBC e colaboradora de agências da ONU em Brasília.