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Cultura

A última noite do Bar dos Artistas

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O encerramento das atividades do bar mais frequentado da cidade encerra também uma época de palcos abertos e livres expressões

Ludmilla Balduino

Goiânia (Brasil)
2019-04-05T17:08:00.000Z

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Foi antropologicamente pitoresca. Cheguei com as mãos geladas. Ansiedade: uma das últimas a estar presente. Havia muita gente nativa. Mais do que presenciei em todos esses últimos nove meses e cinco dias, morando em uma cidade de cerca de 24 mil habitantes, segundo meu conhecido (e vizinho) que trabalha no IBGE.

24 mil habitantes não é muita coisa, perto das cidades brasileiras que normalmente tem muito mais do que isso de população. Aqui, todo mundo pelo menos já cruzou com todo mundo na rua. Mesmo sendo tão pouca gente, parecia que toda a população noturna estava ali, reunida, para beber sobre o leito de morte do Bar dos Artistas, que agonizava frente ao seu último fim de semana aberto.

Gosto de chegar sozinha nos lugares. Chegar acompanhada implica em dar continuidade à relação estabelecida com quem já estava me acompanhando, antes de chegarmos. Assim, é bem provável que, chegando acompanhada, continue desempenhando o mesmo papel social para aquela pessoa, mas em um ambiente diferente do anterior. Acompanhada, corro o risco de não desempenhar outros papéis que adoraria interpretar, simplesmente pelo fato de já ter me comprometido com o papel anterior.

Eu sei que isso é se cobrar muito. Mas quem disse que eu vim aqui a passeio? Gosto de estar em ambientes sociais, em contato com muita gente, e por isso acabo cedendo a alguns caprichos para satisfazer o meu prazer.

Só que é muito difícil - principalmente em uma cidade em que todos se conhecem, ou pelo menos já se cruzaram na rua -, esse tipo de “compromisso descompromissado” acontecer. Se em uma cidade grande já desempenhamos papéis fixos e praticamente imutáveis como “chefe”, “professora”, “roomate”, “esposa”, imagine o quão engessados se tornam estes papéis em comunidades em que todos precisam de validação social mais íntima para que se estabeleçam relações de confiança, mesmo que mínima.

Voltando ao bar dos artistas. Gosto de chegar lá sozinha porque já conheço a grande maioria dos presentes, e porque assim não sinto uma espécie de atrelamento a quem me acompanhou de casa até o lugar. É como se eu tivesse marcado de encontrar, ali mesmo, todas aquelas pessoas, que acabam se fechando em grupos de duas a cinco (contando as crianças, obviamente). Então, eu passeio pelas mesas e pelos círculos, cumprimento e, se alguém puxar conversa, eu fico mais um pouco. Amo essa liberdade de estar com quem quiser e ir embora quando eu quiser.

Enfim. Modernidade líquida, né mores? Que bom que temos a possibilidade de escolha: certamente você já foi criança e se viu em uma posição de escolher se vai brincar no balanço ou no escorregador, e certamente já baseou suas escolhas de acordo com as pessoas que estavam brincando naquele momento no balanço e no escorregador. No fim, é tudo a mesma coisa. Eu só faço parte do grupo dos que não querem escolher um favorito de acordo com ideias pré-concebidas. Gosto do balanço e do escorregador nas mesmas proporções. Minhas prioridades são definidas de acordo com cada contexto.

Uma amiga de família me convidou para sentar na mesa. Com ela, um conhecido forasteiro.

A banda começou a tocar forró. É claro que dancei. Gosto de dançar com minha amiga de família, meu amigo maravilhoso e meu amigo pingo de ouro. Me derreto quando danço com a amiga de família. Ela tem a melhor malemolência. Dança agarradinha, os corpos gingam juntos. Minha amiga realmente sente prazer em dançar. Por isso, dançar com ela é uma das coisas mais gostosas para se fazer em público nesta cidade.

Com o amigo maravilhoso a dança é um pouco mais durinha, mas mesmo assim, não deixa de ser uma delícia: é algo como encontrar a sua sombra junguiana para finalmente atingir um equilíbrio ao ponto de deixar aflorar, através da dança, a sua persona mais divina.

Uma das coisas que mais gosto neste amigo maravilhoso é passar tardes conversando sobre a vida, as coisas que temos de fazer, o que vamos vender e vamos comprar. Até tivemos juntos um negócio de chocolate baiano. Nunca passou do plano das ideias. No forró, a gente se encaixa. Só levei pisão dele no Carnaval. Não estávamos dançando.

Com o meu amigo pingo de ouro, divido meus momentos mais saudáveis: já chupamos mangas com caldos dourados e polpa macia, já fomos beber água no centro da terra, já viajamos em dias de sol, já nos alimentamos de vegetais preparados na antiga senzala e também já nos empanturramos de bolo de chocolate. Nunca o vi comendo carne. Dançamos como se estivéssemos numa aula de escola de dança ou no Canto da Ema ou em alguns destes lugares em que os casais dançam tão bem que a gente até pensa que eles estão fazendo aquilo tudo só para chamar atenção e provocar inveja de quem não sabe dançar.

Não me importa se as pessoas reparam, mas quando danço com meu amigo pingo de ouro, eu até tiro as sandálias. A gente dançaria até perder o fôlego - isso se fôssemos doentes. Mas, como somos saudáveis, sempre lembramos de respirar e assim podemos passar muito tempo dançando e respirando e sorrindo um para o outro neste ritmo frenético.

Voltei à mesa. Ainda tinha cerveja minha. A primeira garrafa. Apareceu uma moça, negra, moradora da cidade. Nunca havia falado com ela. É muito gostoso, depois desses 9 meses e cinco dias, ainda encontrar pessoas diferentes à noite. Normalmente, neste primeiro contato, não temos nada de preconceitos, uma sobre a outra (isso quando a rádio peão já não passou nos nossos ouvidos. Enfim, nunca tinha ouvido falar dela. E acho que ela também nunca tinha ouvido falar de mim). 

Quando encontramos desconhecidos, a conversa flui não de onde parou, mas de onde começa. Prefiro conversas recém-começadas a conversas com fundos quixotescos e dramalhões, típicas dos encontros que continuam de onde pararam - que, na maioria das vezes, é a mesma coisa que chegar acompanhada. Prefiro conhecer pessoas novas do que repetir padrões com pessoas repetitivas. Não considere que assim eu sou superficial. As pessoas não são superficiais. Elas demonstram toda a sua essência em simples atos cotidianos, como abrir uma garrafa de cerveja. O modo que uma pessoa abre uma garrafa de cerveja já diz muito sobre ela. Diz sobre a sua essência. Agimos sempre baseados nela.

De volta ao bar. A moça negra, moradora da cidade e recém-conhecida havia acabado de comprar na distribuidora duas latas de uma cerveja fabricada em Petrópolis (essa cerveja é uma das mais consumidas por aqui. Não sei se é porque a cidade é histórica e se parece bastante com Petrópolis, além de ter sido uma das queridinhas dos antigos monarquistas donos do Brasil, ou se é porque essa cerveja está dominando os bolsos da classe média nacional, fazendo concorrência à cerveja verde que parece de comunista).

Uma das latas que a moça trazia era de pilsen. A outra, de cerveja preta. Me surpreendeu quando ela pediu um copo no bar e misturou as duas bebidas. Eu, que havia acabado de misturar a cerveja comunista com a monarquista e estava me achando A subversiva, naquela hora, me senti vencida. A mistura que ela fez desceu afagando todos os choros da garganta, meio encorpada, meio suave, como um bolo de fermentação ideal, um chop tirado no Bar do Leo: não importa a procedência, o que importa é o impacto. Nuvem.

O conhecido forasteiro me chamou para dançar. Neguei, com medo de a dança ser ruim, mas depois de três pedidos, acabei aceitando. Uma pessoa que tem vergonha de dançar nunca convida alguém para dançar. Se ele me chamou uma vez, pensei “hum, ele é ousado. Acabou de chegar na cidade e já quer dançar forró. Melhor não. As pessoas da cidade grande às vezes ficam muito ousadinhas quando pousam numa cidade pequena”.

Quando me chamou pela segunda vez, pensei “hum, quer dizer então que ele não é só ousado. Também é confiante. Tem certeza de que sabe dançar. Eu não sei tanto assim. Não vou, ele vai querer dançar como se estivéssemos numa aula de escola de dança ou no Canto da Ema ou em alguns destes lugares em que os casais dançam tão bem que a gente até pensa que eles estão fazendo aquilo tudo só para chamar atenção de quem não está na dança, e será terrível. Vai virar um climão chato e eu precisarei deixar a mesa e o papo interessante que estava tendo com a amiga de família e a moça da nuvem de cerveja. Vai ser muito trabalho para pouco resultado”, pensei. E recusei.

Pausa para uma trivia: o conhecido forasteiro me diz que a primeira mulher a lançar um livro no estado de Goiás era negra e morava na cidade. Não me pergunte quando: o quando nem importa, depois de uma informação dessas.

Levantei para buscar mais uma garrafa. E fui girar um pouco. Dar uma volta ao mundo, respirar. Abracei e beijei as pessoas mais queridas, levantei e me sentei e me levantei mil vezes da cadeira. Quando ia me sentar novamente, ele me chamou para dançar. Aceitei e a dança foi boa. Nada frustrante. Noite perfeita.

De volta à mesa, pedi silêncio. Porque queria observar. Uma mãe dançava com a filha, um casal de conhecidos também dançava. Acho que era o meu vizinho do IBGE. Ao fundo, as minhas amigas arquitetas. Elas também gostam muito de observar. E agem reservadamente. Sabem que arquitetar é muito mais divertido do que assinar.

Todos os artistas da cidade estavam ali. Trocaram alguns integrantes da banda. Começam a tocar blues e rock. Uma garota no vocal. Expressiva, maravilhosa. As pessoas começam a recitar poesia. O patrão pega o microfone para agradecer a presença de todos e a resistência de quem frequenta o Bar dos Artistas. Tudo é interpretado de forma tão genuína, tão viva e tão presente que chego a me comover. Fico feliz por estar tão bem, entre as pessoas, e triste por saber que esse período estava chegando ao fim.

Ando me comovendo facilmente. Talvez algumas feridas profundas estejam se reabrindo, como os dramalhões típicos das melhores novelas mexicanas, nos quais me enfio sem saber ao certo como é que fui parar no elenco - se foi porque gosto de histórias ou se as pessoas estão obcecadas em me ver interpretando as suas cenas em que elas são atores principais. Acho que é uma mistura das duas coisas. É um jeito divertido de passar o tempo.

Então choro. Choro sorrindo, porque sei que a cura está aqui, também. Meu amigo pingo de ouro me disse para eu não interpretar tanto. Mas como é possível não interpretar, com tantos sinais externos? Ali era onde eu queria estar, aquela noite. Foi minha escolha. A última noite de um ciclo que se encerra. Queria me despedir de todos, como se eu estivesse me despedindo. Porque estava mesmo. Eu não estou mais aqui. Já me fui.

Conhecido forasteiro me acompanhou até a casa.

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Análise

Patentes na OMC é uma derrota para os países do Sul Global

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Pandemia de covid-19 reativou a debate sobre a quebra de patentes para medicamentos e vacinas. Apesar de sua união em torno do tema, países subdesenvolvidos sofreram uma derrota

Alessandra Monterastelli

Outras Palavras Outras Palavras

2022-07-06T22:35:00.000Z

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No dia 17 de junho, saiu fumaça branca das chaminés da Organização Mundial do Comércio (OMC). A entidade, responsável pela regulação de patentes internacionais, anunciou que chegara a uma conclusão sobre as vacinas contra o coronavírus. Tratava-se do pedido de isenção do acordo TRIPS – sigla em inglês para Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio. Firmado na virada do século, tal compromisso obriga os países-membros da OMC a adotar padrões mais rigorosos de proteção patentária. Consequentemente, encarece o acesso às inovações tecnológicas, inclusive no setor farmacêutico. Mas a decisão final foi amplamente criticada por ativistas da saúde e movimentos populares em todo o mundo, já que a OMC rejeitou a isenção total do TRIPS. 

Em 2020, diante da disseminação do novo coronavírus, África do Sul e Índia protocolaram a proposta de isenção do Acordo, que obteve amplo apoio dos países em desenvolvimento e de baixa renda – com exceção do Brasil. A nova decisão foi saudada pelo Secretariado da OMC e por representantes de países ricos como um resultado sem precedentes, mas ativistas condenam que, na prática, a decisão não atende as necessidades mínimas da maior fatia do mundo. “Houve um esvaziamento da proposta pelos países mais ricos. O texto perdeu totalmente sua força, não trouxe nada novo”, explica Felipe Carvalho, Coordenador Regional da Campanha de Acesso do Médicos Sem Fronteiras ao Outra Saúde.

A conclusão do órgão concedeu uma exceção temporária à restrição das quantidades de vacinas que podem ser exportadas sob licença compulsória; diagnósticos e tratamentos não estão incluídos e devem obedecer ao limite de exportação durante o tempo de licença compulsória – decretada durante emergências sanitárias, como é o caso da pandemia. Além disso, a concessão vale apenas para responder à covid-19 e não tem validade diante de outras crises de saúde. O acordo final não inclui o compartilhamento de segredos comerciais e know-how de fabricação, o que prejudicará a produção de vacinas com tecnologia avançada por países de baixa renda – como é o caso dos imunizantes de RNA.

Carvalho conta que o problema é abordado com frequência em reuniões escpecais da OMS e da ONU.  “Existe um consenso entre especialistas e órgãos multilaterais de que as patentes causam constantes crises de acesso e inovação na saúde”. Em maio, o The Guardian divulgou que a Pfizer lucrou 25,7 bilhões de dólares só no início de 2022 – mais da metade do valor está relacionado à venda de vacinas contra a covid-19. Tim Bierley, ativista do Global Justice Now, denunciou ao jornal britânico que apesar do apelo da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de outras organizações, a farmacêutica seguia se recusando a compartilhar a tecnologia de produção do imunizante. O diretor da OMS, Tedros Adhanon, afirmou em 2021 que a pandemia estava sendo prolongada por uma “escandalosa desigualdade” diante do acúmulo de doses de imunizantes por países ricos enquanto países pobres não conseguiam avançar em sua meta de vacinação em massa. 

“Desde a criação do acordo TRIPs nós temos um cenário de constantes crises de acesso a medicamentos essenciais”, conta Felipe. Ele relembra o caso emblemático da epidemia de HIV/AIDS, na década de 1990. “Em 1996 surgiu a primeira terapia para a doença. As pessoas pararam de morrer e passaram a conviver com o vírus. Mas essa terapia não chegou nos países onde o cenário era mais grave”, explica. O ano de 1996 foi também quando o acordo TRIPS entrou em vigor, após sua criação em 1994 e preparação em 1995. “A partir daí se criou uma coalizão na sociedade civil, da qual fazemos parte, chamada Movimento de Luta pelo Acesso a Medicamentos. A pergunta era: por que os preços eram tão altos e o tratamento se tornava inacessível para milhões de pessoas? Nos aprofundamos no sistema de patentes e entendemos que o monopólio era a causa”, relembra.

Apesar do TRIPS possuir cláusulas que permitem flexibilizações, elas são de difícil utilização devido a dois fatores principais: sua não-incorporação completa em leis de países-membros e a pressão que as farmacêuticas exercem sobre as decisões da OMC. Na década de 1990, diante da grave situação vivida na África do Sul – país com maior número de mortes pela AIDS na época – o governo então liderado por Nelson Mandela aprovou uma das medidas previstas no TRIPS para importar genéricos. Na ocasião, Mandela sofreu o processo de 39 farmacêuticas que se opuseram à decisão tomada para conter a crise de saúde pública. Apesar da derrota das corporações na justiça, “esse é um exemplo de como essas empresas e seus países-sede tentam barrar as normas legítimas existentes no TRIPS”, exemplifica Carvalho.

A OMC é uma instituição formada por 164 membros e opera com base na tomada de decisões por consenso. “A OMC falhou em fornecer uma isenção. O acordo coloca os lucros à frente das vidas e mostra que o atual regime de propriedade intelectual falha em proteger a saúde e promover a transferência de tecnologia. Essa não-renúncia estabelece um mau precedente para futuras pandemias e continuará a colocar vidas em risco” declarou Lauren Paremoer, médica e integrante do Peoples’ Health Movement na África do Sul. 

A Health Action International, referência no trabalho para expandir o acesso a medicamentos essenciais, argumentou em nota que a decisão da OMC impõe obstáculos ao licenciamento compulsório, uma das poucas flexibilidades existentes no TRIPS, em troca de uma abertura tímida para a facilitação da exportação de vacinas. Outras entidades representantes da sociedade civil já denunciaram a atuação dos países ricos e vêm aumentando a pressão sobre os governos. O objetivo, segundo seus porta-vozes, é que sejam tomadas medidas concretas para desafiar as regras de monopólio farmacêutico da OMC e garantir mais acesso a medicamentos e tecnologias. 

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