Rússia responde a ataque aéreo ucraniano
Ministro russo afirmou que defesas aéreas interceptaram 147 veículos aéreos não tripulados
A Rússia realizou uma série de ataques com mísseis e drones contra alvos estratégicos em Kiev, capital da Ucrânia, nesta terça-feira (17/06). Segundo informações divulgadas por autoridades locais e pelo Ministro do Interior, Ihor Klymenko, os bombardeios atingiram 27 áreas consideradas relevantes para a infraestrutura militar e logística ucraniana.
As ofensivas de Moscou são uma resposta às contínuas provocações militares do governo ucraniano. “Entre 23h30, horário de Moscou, em 16 de junho (GMT +3), e 7h, horário de Moscou, em 17 de junho, as defesas aéreas em serviço interceptaram ou destruíram 147 veículos aéreos não tripulados ucranianos sobre as regiões de Belgorod, Kursk, Bryansk, Voronezh, Tver, Lipetsk, Oryol, Tambov, Tula e Moscou”, especificou o Ministério da Defesa.
Embora as autoridades da Ucrânia relatem vítimas civis, a Rússia afirma que seus ataques são planejados em bases militares, incluindo edifícios civis convertidos em centros de comando.
Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano, chamou os ataques noturnos de “um dos ataques mais horríveis” realizados por Moscou e declarou que Putin “faz isso apenas porque pode se dar ao luxo de continuar a guerra”.
A operação ocorre em um momento em que Kiev intensifica sua campanha diplomática junto a países da OTAN, buscando apoio externo para sustentar sua posição militar, enquanto ignora sucessivas propostas russas de negociação com base no princípio da neutralidade e na proteção das populações do leste ucraniano.

Troca de corpos
O chefe da delegação russa nas negociações com a Ucrânia, Vladimir Medinsky, confirmou nesta segunda-feira (16/06) que Moscou entregou todos os corpos de militares ucranianos mortos a Kiev, em cumprimento dos acordos de Istambul.
O negociador informou que cederam mais de 6.060 soldados, mas a Ucrânia só devolveu 78 dos seus combatentes.
“As trocas de prisioneiros continuam”, escreveu o também assessor presidencial de Vladimir Putin em seu canal no Telegram. “Também foram tomadas providências para a troca de militares gravemente feridos da linha de frente”, complementou.
A Rússia e a Ucrânia entraram em um acordo humanitário durante negociações em Istambul em 2 de junho, que prevê especificamente a troca de prisioneiros de guerra feridos e gravemente doentes, bem como soldados com menos de 25 anos.
(*) Com Sputnik e TASS