Quinta-feira, 10 de julho de 2025
APOIE
Menu

O Conselho Popular do BRICS de 2025 no Brasil, composto por sete grupos de trabalho, cada um com sua respectiva pauta, tem como objetivo aprofundar a cooperação entre os países do chamado “Sul Global”, ou seja, com “parâmetros não-ocidentais” para a promoção da educação, saúde, ecologia, cultura, finanças, segurança e institucionalidade. É o que explica a Opera Mundi a socióloga Rita Coitinho, que integra o Conselho Popular. 

Os encontros antecedem a Cúpula de Líderes do BRICS no Rio de Janeiro, estando previstos para sexta-feira (04/07) e sábado (05/07), período em que serão sintetizadas todas as propostas alternativas criadas por movimentos populares e pesquisadores.

De acordo com Coitinho, trata-se da primeira vez que a entrega do documento final ocorrerá diretamente na cúpula de líderes.

Receba em primeira mão as notícias e análises de Opera Mundi no seu WhatsApp!
Inscreva-se

“Temos já um documento robusto, com 90 páginas de recomendações aos líderes, produzido em sete grupos de trabalho que funcionam pela internet desde março. Nesse encontro vamos lançá-lo, além de aprofundar os debates. Será o momento de consolidar o Conselho Civil e ganhar visibilidade”, apontou.

“Como vamos poder entregar nossas recomendações aos líderes, esperamos poder contribuir com o avanço do bloco nas pautas populares e consolidar esse canal de diálogo governo-sociedade civil”, acrescentou.

Conselho Popular do BRICS de 2025 reúne sete grupos de trabalho que tem como objetivo levar propostas alternativas para líderes da cúpula
Divulgação/BRICS

Criado após debates no Fórum Civil de 2024, na Rússia, o Conselho Civil dos BRICS, batizado de “Conselho Popular”, foi oficializado durante a declaração de Kazan e, desde então, cada país-membro iniciou a formação de sua representação. Atualmente, o BRICS conta com 11 integrantes permanentes — incluindo Brasil, Rússia, China e África do Sul — e 10 nações parceiras, como Cuba, Vietnã e Nigéria, incorporadas em 2025.

Sob a Presidência brasileira, sete grupos de trabalho foram estabelecidos. Desta forma, a expectativa é de que os encontros na capital fluminense também definam novas estratégias para expandir o Conselho a todos os países-membros e ampliar o engajamento social nas próximas gestões do bloco.

A cúpula do BRICS, sediada pelo Brasil neste ano, ocorre no domingo (06/07) e na próxima segunda-feira (07/07), e espera-se que as pautas se voltem, em especial, para o clima e para as tensões geopolíticas, incluindo o tarifaço global imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, além dos conflitos no Oriente Médio.