Sexta-feira, 11 de julho de 2025
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Uma das novidades da 17ª Cúpula de Chefes de Estado do BRICS, que terá início neste domingo (06/07), no Rio de Janeiro, é o Conselho Popular, instância inaugurada nesta edição como forma de aproximar mais o evento dos temas sociais.

O Conselho Popular organizou suas reuniões antes dos eventos com os líderes mundiais, e publicou seu documento oficial neste sábado (05/07), um texto que apresenta posições oficiais de acadêmicos e lideranças sociais ligadas aos países membros e parceiros do BRICS a respeito de diversos temas.

“Em 2025, com a presidência brasileira do BRICS, o Conselho dos Povos organizou os debates online do Fórum Civil dos Povos do BRICS, reunindo 120 organizações da sociedade civil dos países do BRICS”, afirma o documento oficial.

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Segundo o texto, “o processo foi dividido em duas etapas: a primeira, limitada ao Brasil, contou com a participação de 57 organizações da sociedade civil, incluindo movimentos populares do campo e da cidade, juventude, mulheres, população negra, povos indígenas, grupos de pesquisa, think tanks e organizações não governamentais, reunindo cerca de 200 pessoas”.

Entre os temas abordados pelos participantes do grupo estão: saúde e a construção de um regime global de Saúde Pública; educação e as estratégias não ocidentais para a educação nos países BRICS; ecologia, crise ambiental, Justiça climática e alternativas para um desenvolvimento sustentável centrado nas pessoas do Sul Global; cultura e arte para a integração dos BRICS; sistema financeiro e monetário na multipolaridade; segurança da informação cibernética, tecnologias avançadas e inteligência artificial; e economia digital, soberania digital, inteligência artificial e governança.

Conselho Popular organizou debater reunindo 120 organizações da sociedade civil dos países do BRICS
Tânia Rêgo / Agência Brasil

 

Integração social e tecnológica

Entre as diferentes recomendações aprovadas no documento oficial estão a de uma iniciativa para a construção de uma maior coordenação entre os países do BRICS em políticas sociais para saúde, educação, moradia e outros direitos básicos.

Também foram sugeridos planos sobre o estabelecimento de sistemas integrados de segurança e cibersegurança, e da adoção de medidas conjuntas para regulação das mídias sociais e tecnologias como inteligências artificiais e outras.

Segundo o Conselho Popular do bloco, seu documento “reflete o amadurecimento dos temas nas sociedades civis dos países do BRICS e foi construído observando o critério de consenso para a manutenção, retirada ou acréscimo de cada formulação”.

“O Conselho Popular do BRICS oferece este trabalho como um conjunto de sugestões e recomendações aos chefes de Estado dos países do BRICS. Esperamos que a prática do diálogo entre governos e sociedade possa enriquecer cada vez mais as iniciativas de cooperação do bloco”, conclui o texto oficial.

O Conselho Popular do BRICS é formado por Fabiano Mielniczuk, Marco Fernandes; Judite Santos e Rita Coitinho (Brasil); Zhang Zhishuai e Guo Jieni (China); Mohamed Salem Salah e Mayada Belal (Egito); Fassikau Molla Amera (Etiópia); Binod Singh Ajatshatru e Gen Bk Sharma (Índia); Hardiani Uli Silalahi e Ah Maftuchan (Indonésia); Pir-Hossein Kolivand (Irã); Victoria Panova e Аlena Peryshkina (Rússia); Raymond Matlala (África do Sul); Majed Abdulaziz Al-Turki (Arábia Saudita); e Hoda Al Khzaimi (Emirados Árabes).