‘Tarifas e sanções viraram ferramentas de manipulação política’, condena Dilma Rousseff

A ex-presidenta Dilma Rousseff, na qualidade de atual presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, por sua sigla em inglês, embora seja mais conhecido como Banco do BRICS), encabeçou nesta sexta-feira (04/07) o 10° encontro anual do conselho da instituição, que aconteceu no Rio de Janeiro, como prévia da cúpula do BRICS, que terá início no próximo domingo (06/07), na mesma cidade.

Durante o evento, Dilma fez críticas veladas aos países que, segundo ela, estão usando tarifas, sanções e restrições financeiras como ferramenta de manipulação política”.

A declaração soou como uma alusão especialmente aos Estados Unidos, que promoveu uma política de guerra tarifária desde a sua posse, em janeiro deste ano, que foi incrementada em abril, mas que depois foi revista, devido às críticas que recebeu tanto fora do país quanto internamente.

“O desenvolvimento deve ser sustentável, inclusivo, justo, resiliente […] o mundo de hoje não é o mesmo de 2015 ele está mais fragmentado”, alertou a líder do NDB.

Dilma preside o Novo Banco de Desenvolvimento desde abril de 2023
NDB / X

Passado e futuro

A menção a 2015 evocou o primeiro encontro anual do banco, ocorrido naquele ano, em função do seu primeiro aniversário – o NDB nasceu em julho de 2014, e completará 11 anos de idade no próximo dia 15.

“A criação do novo banco, mais do que um simples marco, foi algo maior: uma declaração política de intenções e de práticas. Declaração de que os países do BRICS, do Sul Global, se tornassem arquitetos de seu próprio futuro”, acrescentou a ex-presidenta do Brasil.

Segundo Dilma, os principais projetos promovidos pelo NDB atualmente têm como objetivo “fortalecer o uso de moedas locais, expandir nossa rede de parcerias com bancos nacionais que são muito importantes, com o setor privado e com a academia”.

“Devemos trabalhar de forma respeitosa e soberana em conjunto com os países. O NDB deve se posicionar como um espaço de diálogo e objetivos em comum”, completou a principal autoridade do Banco do BRICS.

Com informações de Sputnik News.