No segundo dia do G20 Social, evento que antecede a Cúpula das 20 maiores economias do mundo, a plenária na manhã deste sábado (15/11) debateu uma reforma na governança global, destacando a presença do assessor para assuntos internacionais do Presidência brasileira, Celso Amorim.
Durante sua participação, Amorim falou da necessidade da atuação de grupos como o G20, mas também o BRICS, no equilíbrio de forças entres os Estados desenvolvidos e os em desenvolvimento. Segundo ele, “só acontecem mudanças quando há crises”.
A fala ocorreu ao recordar o contexto do surgimento do grupo das 20 maiores economias logo após a crise mundial de 2008 e destacar o papel do G20 nas discussões internacionais.
Para Amorim, o G20 sairá do Rio de Janeiro com algum progresso em termos de governança global, combate à fome, pobreza e em sustentabilidade.
“Um diagnóstico sobre a necessidade de mudanças na governança global é um processo que vai ter que continuar. Isso aqui não é um campeonato de futebol que acaba. A abertura de mais interlocução da sociedade civil para que se possa de fato influenciar os governos na tomada de decisões é fundamental”, disse.
A plenária desta manhã reuniu mais de mil pessoas para discutir os desafios e oportunidades para uma governança mais justa e eficaz em escala global.
Além do diplomata, o encontro contou com a presença de Yildiz Temürtürkan, coordenadora internacional da Marcha Mundial das Mulheres (MMM), Ha Joon Chang, economista e autor do best-seller internacional “Chutando a Escada”, e Antonio Lisboa, representante da Sociedade Civil Brasileira – Sindical Internacional (CSI).
A Opera Mundi, a representante turca da Marcha Mundial de Mulheres destacou a importância da cúpula social do G20, que deu um passo à frente, trazendo movimentos sociais para debater os direitos sociais, futuro do mundo e uma reforma na governança global.
“Nós não somos homogêneos. Trabalhamos em consenso e temos diversas dinâmicas em cada movimento. E também temos reconhecimento e respeito da nossa autonomia com nossos princípios respeitados. Isso é tudo que queremos”, declarou Temürtürkan.