O presidente chinês Xi Jinping inicia uma visita de Estado ao Brasil no domingo (17/11) para fortalecer a confiança e a coordenação política mútua.
O líder chinês também vai participar da cúpula do Grupo dos Vinte (G20) no Rio de Janeiro, onde vai apresentar sua visão de um mundo justo em meio a uma economia global volátil e um ambiente internacional incerto.
A atual visita de Xi ao Brasil é a segunda em cinco anos.
É planejado que vá manter conversações com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva sobre relações bilaterais, questões internacionais e regionais de interesse comum e participe de uma cerimônia de assinatura de documentos de cooperação.
História e associação
Às vésperas da visita, a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da China Mao Ning disse que a visita do presidente chinês ao Brasil contribui para:
- O fortalecimento da confiança política mútua entre os dois lados;
- A consolidação do caráter estratégico, inovador e de liderança das relações bilaterais;
- O alinhamento das estratégias de desenvolvimento dos dois países;
- O aprofundamento da comunicação estratégica e da coordenação entre os dois lados em questões globais importantes.
“E, de mãos dadas, dará início aos próximos ’50 anos dourados’ das relações sino-brasileiras”, disse.
Mao acrescentou que, no último meio século desde o estabelecimento das relações diplomáticas em 15 de agosto de 1974 entre a China e o Brasil, seus laços sempre mantiveram um desenvolvimento saudável e estável, uma cooperação prática frutífera em vários campos diante das mudanças internacionais.
Elas já representam um modelo de unidade, cooperação e desenvolvimento para outros grandes países em desenvolvimento.
A chancelaria chinesa também observou que “a amizade entre a China e o Brasil tem uma longa história, flui como o rio Yangtze e o rio Amazonas, e a ponte da amizade conecta as duas terras quentes por milhares de quilômetros”.
“Há cerca de 200 anos, o primeiro grupo de produtores de chá chineses atravessou o oceano até o Brasil para cultivar chá e ensinar sua arte, e as sementes da amizade semeadas agora se transformaram em grandes árvores e floresceram em frutos”, ressaltou o vice-representante oficial do Ministério Lin Jian.
Expectativas do G20
A Cúpula do G20 sobre “construção de um mundo justo e um planeta sustentável” será realizada no Rio de Janeiro nos dias 18 e 19 de novembro.
Xi fará um discurso na cúpula e terá um intercâmbio aprofundado com os líderes de todos os países.
O Ministério das Relações Exteriores da China disse anteriormente que a participação do mandatário na Cúpula do G20 ressalta o firme apoio de Pequim ao multilateralismo e reflete a grande importância que a China atribui à cooperação do grupo.
É amplamente esperado, acrescentou a chancelaria chinesa, que o G20 desempenhe seu papel como o principal fórum para a cooperação econômica internacional, dê impulso ao avanço do crescimento econômico mundial e indique o caminho para uma melhor governança econômica global.
Reuniões planejadas
O lado chinês ainda não anunciou com quais líderes mundiais Xi planeja se reunir à margem da cúpula.
No entanto, a mídia relatou prováveis conversas com o chanceler alemão Olaf Scholz e o primeiro-ministro britânico Keir Starmer para discutir as relações bilaterais, os conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio.
Se o encontro entre Xi e Starmer acontecer, vai ser o primeiro contato face a face entre os líderes britânico e chinês em quase sete anos.