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Diplomacia

Trump reconhece Jerusalém como capital de Israel e transfere embaixada dos EUA para a cidade

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Anúncio contraria acordos diplomáticos estabelecidos nas últimas décadas; Trump diz que vice-presidente Mike Pence irá para região em breve

Redação

2017-12-06T18:13:00.000Z

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Atualizada às 16h35

O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou oficialmente nesta quarta-feira (06/12) que Washington passa a reconhecer Jerusalém como capital de Israel e que irá transferir a embaixada dos EUA de Tel-Aviv para a cidade. 


Embora o Parlamento de Israel e prédios do governo estejam localizados em Jerusalém, nenhuma embaixada fica na cidade, uma vez que a capital reconhecida internacionalmente de Israel é Tel Aviv. A comunidade internacional mantém um posicionamento neutro em relação a Jerusalém e apoia que a cidade seja um “corpus separatum”, conforme sugerido pelas Nações Unidas em 1947 e que prevê que a cidade mantenha um “regime internacional” devido à sua importância para várias religiões.

“Quando eu assumi prometi olhar para os desafios do mundo com olhos abertos e pensamentos novos. Nós não resolveremos nossos problemas  repetindo as mesmas estratégias falhas do passado. Antigos problemas demandam uma nova abordagem. Meu anúncio marca o início de uma nova abordagem no conflito entre Israel e palestinos”, afirmou Trump. A decisão do presidente, no entanto, confronta a opinião dos principais aliados dos EUA e da comunidade internacional. Desde a última quarta-feira (05/12), líderes já contestavam a medida. 

Apesar da decisão, Trump se disse comprometido com um acordo de paz na região. “Com esse anúncio, eu reafirmo o longo comprometimento da minha administração com a paz”, afirmou. O mandatário disse também que o vice-presidente norte-americano, Michael Richard Pense, visitará Jerusalém em breve.

As medidas do presidente contrariam uma série de normas diplomáticas estabelecidas entre Washington e Oriente Médio nas últimas décadas, além de advertências de diversos líderes regionais e internacionais e pode colocar em cheque a possibilidade de um acordo de paz entre Israel e Palestina, aumentando impasses na região.

Segundo especialistas, a transferência de embaixada pode levar ainda mais alguns anos para que aconteça efetivamente.

White House

Trump anunciou que EUA passam a reconhecer Jerusalém como capital de Israel em discurso na Casa Branca; vice Mike Pence acompanhou

Reações internacionais

O anúncio de Trump já vinha gerando reações da comunidade árabe desde a tarde de terça e pode incendiar uma região que atravessa tensões há décadas. A Liga Árabe pediu que Washington reconsiderasse sua decisão.

Tanto o rei Salman, da Arábia Saldita, quanto Abdel Fatah Al-Sisi, presidente do Egito, advertiram o presidente dos EUA a não avançar com sua tentativa de transferir a embaixada norte-americana para Jerusalém. Salmam afirmou que a medida poderia causar “a ira dos muçulmanos em todo o mundo”.

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, convocou 57 países-membros da Organização de Cooperação Islâmica (OIC) para uma reunião em dezembro que pretende debater as medidas anunciadas por Trump.

Segundo o porta-voz de Erdogan, Ibrahim Kalin, o presidente já conseguiu a confirmação de parceiros da região e conversou com lideranças do Irã, Arábia Saldita, Catar, Tunísia, Paquistão, Indonésia e Malásia, para uma possível ofensiva contra a decisão do mandatário norte-americano.

Na última terça-feira (05/12) o presidente turco já havia ameaçado o rompimento com Israel caso Jerusalém fosse reconhecida como capital pelos EUA. “Vamos levar essa luta até o fim, com determinação. Isso se trata de uma linha vermelha, que não pode ser ultrapassada, para os muçulmanos”, declarou.

A chefe de diplomacia da União Europeia (EU), Federica Mogherini, também se posicionou sobre a medida. “Qualquer ação que possa prejudicar” os esforços para a criação de dois Estados para israelenses e palestinos “deve ser absolutamente evitada”, afirmou a diplomata.

“Devemos encontrar um caminho por meio do diálogo para resolver a questão de Jerusalém como futura capital dos Estados, de forma que possamos fazer cumprir as pretensões de ambas as partes”, reiterou Mogherini.

O papa Francisco pediu “sabedoria e prudência para evitar novos elementos de tensão em um panorama mundial já convulsivo, marcado por tantos e cruéis conflitos”. Ele se reuniu com religiosos palestinos e afirmou que o “diálogo e o respeito devem ser recíprocos”.

“O meu pensamento vai, agora, para Jerusalém. Não posso deixar de expressar minha profunda preocupação pela situação que foi criada nos últimos dais e, ao mesmo tempo, fazer um sincero apelo para que todos se empenhem em respeitar o ‘status quo’ da cidade, em conformidade com as resoluções das Nações Unidas”, afirmou o líder católico, no Vaticano. 

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Coronavírus

Primeiro carregamento de oxigênio sai nesta sexta da Venezuela e deve chegar a Manaus até domingo

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Serão enviados dois caminhões com cilindros de oxigênio acompanhados por escolta militar até a fronteira entre os dois países

Fania Rodrigues

Caracas (Venezuela)
2021-01-15T23:07:00.000Z

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O chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, informou com exclusividade a Opera Mundi na noite desta sexta (15/01) que o primeiro carregamento de oxigênio para o Amazonas já foi autorizado e será despachado ainda hoje para o Brasil.

A carga vai sair da cidade de Puerto Ordaz, Estado de Bolívar e viajará 1.500 km, por aproximadamente dois dias, até a capital amazonense. Essa primeira leva será transportada por via terrestre em dois caminhões e deverá chegar à cidade até domingo.

As formalidades do acordo de cooperação foram negociadas entre os governadores do Amazonas, Wilson Lima (PSC-AM), e o governador do estado venezuelano de Bolívar, Justo Nogueira.

Segundo Arreaza, a logística desse primeiro envio será fornecida pelo governo venezuelano. Mas, depois o governo amazonense deverá assumir a tarefa enviando mais caminhões do Brasil para buscar oxigênio na Venezuela.

O governo da Venezuela vai ofereceu ainda uma escolta militar para as cargas, que será acompanhada até a fronteira a cidade de Santa Helena de Uairén, na fronteira, e depois por militares brasileiros.

O ministro venezuelano informou ainda que o governo de Nicolás Maduro “vai fornecer oxigênio enquanto durar a situação de emergência do estado Amazonas”, o que impede, segundo ele, de precisar a quantidade fornecida da substância, tampouco o tempo da duração do convênio.

Dhyeizo Lemos/Fotos Públicas
Carregamento de oxigênio da Venezuela sai nesta sexta do país e deve chegar a Manaus até domingo

A produção de oxigênio na cidade de Puerto Ordaz faz parte de um plano de nacional para atender a pandemia do covid-19 na Venezuela. Essa planta industrial estava desativada e foi retomada no ano passado com esse objetivo. “O oxigênio que produzimos nessa fábrica é suficiente para atender essa região da Venezuela e ainda contribuir para aliviar a emergência do Brasil”, disse.

De acordo com Arreaza, a ação de solidariedade da Venezuela com o estado Amazonas está acima das diferenças ideológicas que possam existir entre os dois países. “Oferecemos ajuda ao governador do Amazonas porque os bolivarianos somos solidários, essa é uma ação humanitária que tem que estar acima das diferenças políticas. O que nos une é o objetivo de salvar vidas. Espero que o governo brasileiro entenda que é importante ter boa relação com os seus vizinhos”.

A Venezuela possui uma das menores taxas de contágios e mortes por covid-19 da América Latina, portando a assistência ao Brasil não afeta sua situação interna. O país investiu em ações preventivas e criou centros de diagnósticos rápidos, desafogando hospitais e clínicas.

Além disso, decidiu isolar todos os pacientes que testam positivo para o covid-19, evitando assim a propagação da doença. Atualmente, os hospitais e centros de atendimento de saúde operam com uma ocupação de leitos que varia entre 50 a 60% de sua capacidade.

Além disso, o país já assinou contrato com a Rússia para o fornecimento da vacina Sputnik V e deve começar a vacinação em fevereiro, segundo informações oficiais. Na primeira etapa serão vacinadas 10 milhões de pessoas, um terço da população de 30 milhões de habitantes.

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