O governo da Venezuela anunciou nesta quinta-feira (20/12) a expulsão do cônsul da Colômbia em Caracas, Juan Carlos Pérez Villamizar. A decisão vem após a Colômbia expulsar Carlos Manuel Pino García, funcionário da missão diplomática venezuelana em Bogotá.
Em comunicado oficial, o ministério das Relações Exteriores da Venezuela informou que o colombiano tem 48 horas para deixar o país.
Caracas ainda alegou que Villamizar estava “exercendo suas funções consulares sem contar com a documentação correspondente da Chancelaria venezuelana em aberta violação das convenções internacionais que regem a matéria”.
“O governo da República Bolivariana da Venezuela informa que, em virtude do recente sequestro por parte das autoridades colombianas e expulsão arbitrária do cidadão venezuelano Carlos Manuel Pino Garcia, funcionário membro da […] Missão Diplomática venezuelana em Bogotá, decidiu, por razões de segurança de Estado e em aplicação do princípio de reciprocidade, expulsar do território nacional o cidadão colombiano Juan Carlos Pérez Villamizar”, afirma o comunicado.
Em sua conta no Twitter, o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, afirmou que a decisão de Bogotá é “arbitrária”.
Em nota, o ministério de Relações Exteriores da Colômbia afirmou que possui “estrito apego à Convenção de Viena sobre Relações Consulares” e que Bogotá havia pedido ao governo da Venezuela a devida documentação para Villamizar, mas não teve resposta.
O comunicado ainda “expressa sua mais profunda preocupação e intranquilidade pela falta de garantias por parte do governo venezuelano a nossos funcionários consulares para o adequado exercício” de funções.
Chancelaria da Colômbia
Caracas ainda alegou que Villamizar estava "exercendo suas funções consulares sem contar com a documentação correspondente"