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Diplomacia

Israel e Emirados Árabes Unidos assinam acordo para normalizar relações diplomáticas

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Como parte do pacto, costurado pelos Estados Unidos, governo israelense suspendeu "plano de anexação" da Cisjordânia

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2020-08-13T17:58:00.000Z

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Os governos de Israel e dos Emirados Árabes Unidos firmaram um acordo de normalização total das relações diplomáticas nesta quinta-feira (13/08). A finalização do pacto contou com a intermediação dos Estados Unidos, em um momento em que o presidente norte-americano Donald Trump precisa de trunfos para reverter sua posição nas pesquisas para a eleição deste ano.

Como condição para a assinatura do documento, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, concordou em "suspender sua declaração de soberania" em áreas na Cisjordânia e na Palestina, alvo de constantes crises no Oriente Médio.

As anexações e o estabelecimento de assentamentos em áreas pertencentes aos palestinos eram uma das bandeiras eleitorais de Netanyahu e, após o acordo com o opositor Benny Gantz, foi a prioridade nos primeiros dias do novo governo de unidade. O plano deveria ter entrado em uma nova fase mais agressiva em 1º de julho, mas por conta do avanço da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) ele havia sido suspenso.

O texto ainda afirma que representantes dos governos de Israel e dos Emirados Árabes irão fazer uma série de encontros bilaterais "nas próximas semanas" para diversos setores, incluindo "investimentos, turismo, voos diretos, telecomunicações, tecnologia, saúde, cultura, meio-ambiente, o estabelecimento de embaixadas recíprocas, e outras áreas de benefícios mútuos".

Além disso, serão iniciadas gestões para a abertura de embaixadas nas capitais dos dois países.

O documento conjunto também fala sobre a questão sanitária, destacando que os dois países do Oriente Médio vão "expandir e acelerar, imediatamente, a cooperação no que diz respeito ao tratamento e o desenvolvimento da vacina para o coronavírus".

Wikimedia Commons
Mohamed Bin Zayed (esq.) e Benjamin Netanyahu (dir.): acordo para normalizar relações

"Esse histórico acordo diplomático irá avançar a paz no Oriente Médio e é um testemunho para a diplomacia ousada e a visão dos três líderes, e a coragem dos Emirados Árabes Unidos e de Israel de fechar um novo pacto que irá desbloquear o grande potencial da região. Todos os três países enfrentam desafios comuns e se beneficiarão mutuamente dessa conquista histórica", diz um documento oficial publicado por Trump.

Acordos de Israel com vizinhos

Esse é apenas o terceiro acordo de Israel com seus vizinhos no Oriente Médio - anteriormente, apenas Jordânia (1994) e Egito (1979) fecharam pactos diplomáticos. No caso dos Emirados, não havia estado de guerra entre as nações, apenas não haviam canais diplomáticos formais entre as partes.

O príncipe herdeiro dos EAU, Mohamed Bin Zayed, que liderou as negociações de seu país, confirmou que o acordo foi fechado hoje após um telefonema entre os três líderes.

"Ao longa de uma conversa telefônica com o presidente Trump e o premier Benjamin Netanyahu foi firmado um acordo para parar novas anexações do território palestino. Os Emirados e Israel concordaram em cooperar e estabelecer um mapa de ações para a instituição das relações bilaterais", disse Bin Zayed.

A mídia israelense, no entanto, aponta que o anúncio foi feito de forma apressada. Netanyahu estava em reunião com o comitê de combate à pandemia e deixou o encontro às pressas para ir ao seu gabinete. O premiê disse aos presentes que eles saberiam em breve sobre uma "grande notícia".

O anúncio de Trump neste momento também tem um tom político e vem em um momento que sua campanha eleitoral está enfraquecida pela crise sanitária e econômica e com a divulgação da vice na chapa de seu adversário Joe Biden, a senadora Kamala Harris.

(*) Com Ansa

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Política e Economia

Argentina promulga lei que regula cannabis medicinal e cânhamo industrial

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'Um triunfo da sociedade contra a hipocrisia', assegurou o presidente Alberto Fernández sobre a nova legislação

Fernanda Paixão

Brasil de Fato Brasil de Fato

Buenos Aires (Argentina)
2022-05-27T21:20:00.000Z

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Nesta sexta-feira (27/05), o governo argentino promulgou oficialmente a lei 27.669 que regulariza a cannabis medicinal e o cânhamo industrial no país, conforme publicado no Boletim Oficial. A nova legislação estabelece a criação da Agência Reguladora da Indústria do Cânhamo e da Cannabis Medicinal (Ariccame) e será responsável por "regulamentar, controlar e emitir as autorizações administrativas com respeito ao uso de sementes da planta de cannabis, da cannabis e seus produtos derivados".

A Lei do Marco Regulatório para o Desenvolvimento da Indústria da Cannabis Medicinal e o Cânhamo Industrial também prevê a criação do Conselho Federal para o Desenvolvimento da Indústria do Cânhamo e Cannabis Medicinal, que contará com um representante do governo nacional e um por cada província do país. O já existente Instituto Nacional de Sementes (Inase) ditará as normas complementares.

"Este é um passo para o acesso ao direito à saúde", alegou o presidente Alberto Fernández durante o ato de promulgação da lei na última terça-feira (24/05) na Casa Rosada, sede do governo argentino. "Começamos a escutar as mães que, com a cannabis, faziam com que seus filhos pudessem ter uma vida melhor. Começamos a prestar atenção e hoje estamos ganhando uma batalha contra a hipocrisia", disse o mandatário.

"Por trás dessa lei, há uma indústria que produz, que dá trabalho, que trará dólares mas que, fundamentalmente, cure", agregou o presidente.

Também presente na cerimônia, o ministro de Ciência e Tecnologia, Daniel Filmus, ressaltou que a lei representa uma alternativa produtiva, e estima que levará à criação de pelo menos 10 mil postos de trabalho em três anos.

Twitter/Alberto Fernández
'Este é um passo para o acesso ao direito à saúde', alegou o presidente Alberto Fernández

Luta das mães contra o tabu da cannabis

O projeto de lei foi aprovado no dia 5 de maio na Câmara dos Deputados, com 155 votos a favor e apenas 56 contra. O projeto define um marco legal para o investimento público e privado em toda a cadeia da cannabis medicinal e do cânhamo industrial.

A conquista de uma lei para regularizar o uso medicinal da maconha foi resultado da luta de mães cujos filhos padecem alguma doença tratável com cannabis. Diante do tabu e da penalização sobre o cultivo e o uso da maconha, essas mães conformaram uma rede de troca de conhecimentos e produtos para o tratamento de seus filhos. A organização Mamá Cultiva esteve na linha de frente dessa militância.

O cânhamo, apesar de altamente estratégico industrialmente, também padece do tabu por ser também uma planta da família Cannabis. Neste caso, consiste em uma variedade da planta, a espécie Cannabis ruderalis, cujas fibras possuem alto valor industrial, sendo matéria-prima sustentável para a produção têxtil, como algodão, de alimentos, remédios, produtos de beleza e óleos.

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