O governo da Rússia anunciou nesta quarta-feira (21/04) que os dez diplomatas dos Estados Unidos expulsos do país terão exatamente um mês para deixar o território russo.
A medida é uma retaliação pela expulsão de dez diplomatas russos dos EUA por parte do governo de Joe Biden. “Essas pessoas têm ordens para deixar o território de nosso país até o fim do dia 21 de maio”, disse o Ministério das Relações Exteriores de Moscou.
“Essa medida é um espelho das ações hostis americanas contra funcionários da embaixada russa em Washington e do consulado-geral em Nova York”, acrescentou.
A expulsão de diplomatas russos dos EUA foi motivada por supostas tentativas de interferência de Moscou na eleição presidencial de 2020 e por um suposto envolvimento russo em um ataque cibernético contra a empresa de software SolarWinds, que presta serviços para instituições do governo norte-americano.
Moscou nega as acusações e repudia o que chama de agressões por parte de Washington.
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‘Essa medida é um espelho das ações hostis americanas contra funcionários da embaixada russa em Washington’, anunciou Chancelaria russa
No dia 16 de abril, logo após a expulsão dos representantes diplomáticos russos dos EUA, o Kremlin havia adiantado que expulsaria os diplomatas norte-americanos. Além disso, o governo russo divulgou uma lista de oficias do governo Biden que não poderão entrar em território russo.
Entre eles, estão o secretário da Justiça, Merrick Garland, o chefe do FBI, Christopher Wray, a conselheira para Assuntos Internos, Susan Rice, o secretário de Segurança Nacional, Alejandro Mayorkas, e o chefe da Inteligência, Avril Haines.
Moscou ainda prometeu proibir a contratação de cidadãos norte-americanos para trabalhar em missões estrangeiras da Rússia, criando uma paridade com as práticas adotadas por Washington e que causam “viagens ilimitadas e não controladas”.
“A emissão de vistos para eles será reduzida a um mínimo: até 10 pessoas por ano em regime de reciprocidade”, informou a Chancelaria. “Agora é a hora de os Estados Unidos mostrarem bom senso e recuarem desse confronto em curso. Caso contrário, enfrentarão uma série de decisões dolorosas, por exemplo, uma ordem para que as missões diplomáticas dos EUA reduzam o pessoal na Rússia para 300 pessoas”, alertou Moscou.
*Com Ansa