O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, rejeitou na noite desta sexta-feira (22/10) declarações de um alto funcionário do governo dos Estados Unidos (EUA) contra a ilha, qualificando a ação como um ato de interferência.
O diplomata reiterou que “a história mostra que nós, cubanos, não aceitamos, nem nos deixamos impressionar pelas ameaças”.
“Um alto funcionário do governo dos Estados Unidos, em ato aberto de ingerência, mais uma vez comete o erro de ameaçar Cuba. Além de constituir ato contrário à Carta da ONU”, afirmou o chanceler no Twitter.
Un alto funcionario del gobierno de EEUU, en abierto acto de injerencia, vuelve a cometer el error de amenazar a #Cuba. Además de constituir un acto contrario a la Carta de la ONU, la historia ha demostrado que los cubanos no aceptamos, ni nos dejamos impresionar por amenazas.
— Bruno Rodríguez P (@BrunoRguezP) October 22, 2021
A declaração de Rodríguez ocorre depois que o principal assessor do presidente norte-americano Joe Biden para a América Latina, Juan González, alertou que seu governo pretende “responder” se Cuba processar os organizadores da marcha de 15 de novembro, considerada uma ação desestabilizadora.
Reprodução/Twitter
Bruno Rodríguez rechaçou ameaças de funcionário norte-americano
González afirmou que “às pessoas que violam os direitos fundamentais e universais do povo cubano, é algo a que deixamos muito claro que temos toda a intenção de responder”.
O chanceler cubano denunciou, em diversas ocasiões, a estratégia dos Estados Unidos de atacar a ilha, centrada em ações destinadas a intensificar o bloqueio econômico, comercial e financeiro, dando suporte aqueles que apoiam sua agenda desestabilizadora.
Biden, longe de promover a eliminação do bloqueio contra Cuba, intensificado durante a gestão de Donald Trump em meio à atual pandemia de covid-19, manteve as 243 medidas coercitivas unilaterais impostas pelo republicano, apesar da reiterada rejeição da maioria da comunidade internacional.