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Diplomacia

Chile e Bolívia acordam iniciar negociações para retomar relações diplomáticas

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Durante 60ª Cúpula do Mercosul, chanceleres dos dois países assinaram termos para iniciar comissão bilateral

Michele de Mello

Brasil de Fato Brasil de Fato

São Paulo (Brasil)
2022-07-22T20:10:00.000Z

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Os governos do Chile e da Bolívia acordaram reiniciar os diálogos da comissão bilateral para normalizar a relação diplomática entre os dois países. Durante a 60ª Cúpula do Mercosul, na última quinta-feira (21/07), a chanceler chilena, Antonia Urrejola, e seu homólogo boliviano, Rogelio Mayta, assinaram um memorando indicando a retomada das negociações. 

Chile e Bolívia romperam relações diplomáticas em 1978 devido à disputa pelo acesso ao mar. O governo do então presidente Evo Morales iniciou um processo na Corte Internacional de Justiça, em 2013, reivindicando que parte do seu território teria sido anexado pelo Chile, após uma guerra em 1879, tirando a costa do Pacífico boliviano. 

Em outubro de 2018, a Corte decidiu que o Estado chileno não tinha obrigação de oferecer uma saída marítima para a Bolívia, mas sugeriram o diálogo. 

Agora os novos governos eleitos propõem uma "agenda de confiança mútua".

A prioridade seria ativar projetos de cooperação econômica e de imigração. Desde 2021, o presidente da Bolívia, Luis Arce, já havia sinalizado para o diálogo com o ex-presidente chileno, Sebastián Piñera.

Já neste ano, no dia 23 de março, considerado o Dia do Mar na Bolívia, Arce reiterou que o "direito ao mar é irrenunciável", mas destacou que a decisão da Corte de Haia não deveria ser considerado uma derrota. "[A decisão] abre um novo cenário para o diálogo bilateral, no qual o ciclo de enfrentamentos foi superado e se inicia uma fase de aproximação baseado na integração de povos irmãos".

Wikimedia Commons
O presidente boliviano, Luis Arce, acompanhou a posse de Gabriel Boric, reiterando a disposição de retomar relações diplomáticas

Após o encontro de chanceleres, foi publicado um comunicado conjunto reafirmando a disposição para o diálogo. "Convencidos da necessidade de iniciar uma nova etapa na relação bilateral em benefício de ambos povos, acordamos a reativação da rota acordada em abril de 2021", afirmam na missiva.

Sob o governo de Evo Morales, com Luis Arce no ministério de Economia, a Bolívia chegou a ser o país que mais cresceu na região durante seis anos consecutivos. Agora a nação possui um Produto Interno Bruto de US$ 36,69 bilhões. Enquanto o Chile se mantém como a 3ª economia da região, atrás do Brasil e da Argentina, com um PIB de US$ 252,9 bilhões. 

O Chile e a Bolívia, junto à Argentina, formam o chamado "triângulo do Lítio", possuem 63% das reservas certificadas do minério na América Latina, e ambos países já apontaram para a criação de uma empresa estatal  para gerenciar a extração do mineral. O lítio é considerado o "ouro branco" para a economia mundial por ser um elemento base da fabricação de baterias de alta duração, utilizadas em telefones celulares e carros elétricos. 

A Bolívia é um membro associado ao Mercosul, já o Chile participou da Cúpula como convidado. Outro projeto chave que poderia envolver a cooperação entre os dois países e o Mercado Comum do Sul é a construção de um corredor ferroviário bioceânico, conectando portos da costa Atlântica ao Pacífico na América do Sul.

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Meio Ambiente

Desmatamento na Amazônia Legal é o maior em 15 anos, aponta Imazon

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De agosto de 2021 a julho de 2022 foi destruída uma área equivalente a sete vezes a cidade de São Paulo

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-17T22:12:00.000Z

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Nos últimos 12 meses, a Amazônia Legal teve o maior índice de desmatamento em 15 anos. De agosto de 2021 a julho de 2022, foram derrubados 10.781 quilômetros quadrados de floresta, o equivalente a sete vezes a cidade de São Paulo e 3% a mais do que nos 12 meses diretamente anteriores. Os dados, divulgados nesta quarta-feira (17/08), são do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

É a segunda vez consecutiva em que o desmatamento na região ultrapassa os 10 mil quilômetros quadrados no período. Somadas, as áreas destruídas nos últimos dois calendários (ou seja, de agosto a julho) chegaram a 21.257 quilômetros quadrados, quase o tamanho do estado do Sergipe.

Ao analisar apenas o desmatamento em 2022, o índice de destruição é ainda maior. No período de janeiro a julho, a área de floresta perdida cresceu 7% em relação a 2021, passando de 6.109 quilômetros quadrados para 6.528 quilômetros quadrados. Isso significa que, somente em 2022, a região já teve destruída uma área de aproximadamente cinco vezes a cidade do Rio de Janeiro. E esse também foi o maior desmatamento para o período dos últimos 15 anos.

"O aumento do desmatamento ameaça diretamente a vida dos povos e comunidades tradicionais e a manutenção da biodiversidade na Amazônia. Além de contribuir para a maior emissão de carbono em um período de crise climática. Relatórios da ONU já alertaram que, se não reduzirmos as emissões, fenômenos extremos como ondas de calor, secas e tempestades ficarão ainda mais frequentes e intensos. Isso causará graves perdas tanto no campo, gerando prejuízos para o agronegócio, quanto para as cidades", alerta Bianca Santos, pesquisadora do Imazon.

Pará no topo do ranking de desmatamento

Levando em conta o desmatamento ocorrido nos últimos 12 meses, 36% ocorreu apenas na região conhecida como Amacro, onde se concentram 32 municípios na divisa entre Amazonas, Acre e Rondônia. Nessa área, há um processo de expansão do agronegócio, que derrubou quase 4 mil quilômetros de florestas entre agosto de 2021 e julho de 2022. A destruição na Amacro também atingiu o maior patamar dos últimos 15 anos para o período, com alta de 29%.

O Pará é o estado que mais desmata na Amazônia Legal. Nos últimos 12 meses, foram derrubados 3.858 quilômetros quadrados de floresta -  36% do destruído na Amazônia. A segunda maior área desmatada no período foi registrada no Amazonas: 2.738 km² (25%).

O que é a Amazônia Legal

A Amazônia Legal é um conceito criado ainda na década de 1950 para promover uma agenda de desenvolvimento para a região. Sua delimitação não é baseada exclusivamente na vegetação, mas inclui conceitos geopolíticos. Por isso que, além da Floresta Amazônica, há uma parte de Cerrado e do Pantanal em seu mapa.2:42

Segundo dados atualizados do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a região tem uma área de 5,2 milhões de km², o que corresponde a 59% do território brasileiro. Ela engloba os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima,Tocantins e parte do Maranhão, onde vivem atualmente cerca de 28 milhões de habitantes.

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