O governo do Brasil solicitou apoio internacional para combater às queimadas que têm devastado diversos estados nas últimas semanas.
Segundo a CNN Brasil, o Ministério das Relações Exteriores acionou suas embaixadas para “consultas urgentes”, buscando auxílio de países como EUA, Canadá, Colômbia, Chile, Peru, Paraguai, México e Uruguai.
A ação foi possibilitada por uma medida provisória permitindo que o serviço de combate a incêndios seja realizado por aeronaves e tripulação de outras nacionalidades.
Em resposta, o governo do presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, confirmou o envio de uma aeronave da Força Aérea e 40 mil litros de líquido extintor de incêndio.
O pedido de assistência internacional foi feito após a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, solicitar apoio à Agência Brasileira de Cooperação, órgão vinculado ao Itamaraty.
A ministra ainda classificou como inadequadas as penas previstas nas leis brasileiras para crimes ambientais como o uso do fogo para causar incêndios criminosos.
“A pena de dois a quatro anos de prisão é leve, e quando a pena é leve, às vezes ela é transformada em algum tipo de pena alternativa e ainda há atitude de alguns juízes que relaxam completamente essa pena”, afirmou.
Silva reforçou ainda que, neste momento, qualquer incêndio florestal se caracteriza como criminoso e representa ameaças ao meio ambiente, à saúde pública, ao patrimônio e à economia brasileira.
Enfrentamento das chamas
A situação das queimadas e a crise climática foram temas de uma reunião realizada na noite da última segunda-feira (16/09) no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de Marina Silva e dos ministros Rui Costa (Casa Civil) e Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência).
Lula ainda se reuniu nesta terça-feira (17/09) com os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, e do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD), para tratar da crise e anunciar medidas contra as queimadas.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente do Brasil, das 27 unidades da federação, apenas Rio Grande do Sul e Santa Catarina não enfrentam uma seca extrema nos dias atuais. “É como se tivéssemos uma situação de risco em todo o território nacional”, declarou a chefe da pasta, Marina Silva.
A ministra detalhou o plano de enfretamento do governo federal: “Nós queremos trabalhar em conjunto. Estamos trabalhando dentro das áreas estaduais, dentro das terras indígenas, dentro de propriedades privadas e em cooperação com o Corpo de Bombeiros”, salientou.
(*) Com Agência Brasil e Ansa