O presidente russo, Vladimir Putin, se reuniu pela primeira vez com o novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, nesta sexta-feira (11/10), durante uma visita ao Turcomenistão. O encontro acontece em meio ao aumento da tensão no Oriente Médio, após Teerã realizar um ataque de cerca de 200 mísseís contra Israel no início de outubro, em retaliação aos bombardeios israelenses contra o Líbano.
Durante o encontro, Putin disse que as posições do Irã e da Rússia sobre as questões do cenário internacional são frequentemente “próximas”.
O presidente russo destacou o papel do Irã na Organização de Cooperação de Xangai (SCO) e no grupo BRICS. Segundo Putin, houve um aumento no volume de negócios entre os dois países em 2024.
“As relações com o Irã são uma prioridade para nós”, afirmou Putin, destacando que os laços entre os dois países estão se fortalecendo e o volume de negócios está crescendo.
Masoud Pezeshkian, por sua vez, destacou que as relações entre o Irã e a Rússia são estratégicas e sinceras. “As nossas relações nas esferas culturais, econômicas e sociais estão melhorando de dia para dia”, afirmou.
Ao comentar a crise no Oriente Médio, o presidente iraniano classificou a situação como “difícil”. Segundo ele, os Estados Unidos e outros países ocidentais não querem que a situação seja amenizada.
“Os países europeus e os Estados Unidos não querem que as relações entre os países da região continuem numa direção calma”, observou Pezeshkian. “Temos muitas oportunidades agora e devemos ajudar uns aos outros. Nossos princípios são semelhantes, nossas posições na arena internacional são semelhantes”, acrescentou.
O presidente iraniano espera que em Kazan seja possível assinar um pacote de importantes documentos bilaterais, incluindo um acordo de parceria estratégica.
Em recente reunião do Conselho de Segurança da ONU, a Rússia apoiou manifestou explícito apoio à posição do Irã sobre o conflito com Israel.
Por outro lado, os EUA e outros países do Ocidente, acusam o Irã de fornecer mísseis balísticos à Rússia para utilização na guerra contra a Ucrânia. Teerã nega as alegações, mas reconhece o fornecimento de drones iranianos a Moscou.