O governo da Rússia negou, nesta segunda-feira (11/11), que o presidente Vladimir Putin, e o mandatário eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, tenham mantido uma conversa telefónica após a vitória da votação em 5 de novembro.
“Não houve conversa. Isso é completamente falso; é pura ficção”, declarou o porta-voz presidencial, Dmitri Peskov, em referência à informação divulgada pelo jornal norte-americano The Washington Post e pela agência britânica Reuters.
O representante russo descreveu as reportagens ocidentais sobre a suposta conversa telefônica como “o exemplo mais notável da qualidade da informação que é publicada hoje em dia, às vezes até por veículos bastante respeitados”.
De acordo com a publicação, Trump teria manifestado interesse em conversações de acompanhamento para discutir “a resolução da guerra na Ucrânia em breve”.
Segundo a mídia norte-americana, o bilionário teria expressado ainda que apoiaria um acordo no qual a Rússia manteria uma parte dos territórios ucranianos libertados.
A última ligação telefônica Putin-Trump que foi relatada no site do Kremlin ocorreu em julho de 2020, no final do primeiro mandato do republicano. Sua agenda incluía várias questões internacionais, incluindo estabilidade estratégica. A comunicação continuou nos meses seguintes, quando Putin emitiu uma declaração conjunta sobre Nagorno-Karabakh junto com seus colegas dos EUA e da França; além disso, ele enviou uma mensagem a Trump desejando-lhe uma rápida recuperação do coronavírus.
Além disso, o presidente russo desejou um feliz Ano Novo de 2021 e um feliz Natal a Trump e ao então presidente eleito dos EUA, Joe Biden. Posteriormente os únicos contatos que Putin teve foram diplomáticos com o democrata, à frente da Casa Branca.
Apesar da confirmação da falsidade da notícia pelo Kremlin, o governo russo está aberto ao diálogo com Trump, segundo Peskov. Ademais, Putin parabenizou o republicano por ser “corajoso” após sofrer uma tentativa de assassinato em julho, durante um comício, e disse estar “pronto” para conversar.
Durante a campanha, Trump declarou que seria capaz de finalizar o conflito entre Moscou e Kiev “24 horas após assumir” a posse de presidente dos EUA.
(*) Com TASS e TeleSUR