Quarta-feira, 11 de junho de 2025
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Atualização às 12h02

A agenda do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, para este sábado (15/06), último dia na Itália – para onde foi a fim de participar como convidado da cúpula do G7, está marcada por reuniões diplomáticas e bilaterais com outros chefes de Governo.

Emmanuel Macron, França

Lula encontrou-se com seu homólogo francês, Emmanuel Macron e retomou as conversas sobre a colaboração de ambos os países no combate à mineração ilegal e ao tráfico de madeira no Brasil e na Guiana Francesa.

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O debate ocorreu no âmbito de um acordo assinado no início do ano para lutar contra as ameaças à segurança e ao meio ambiente, bem como aos riscos para a saúde que afetam a região.

Os líderes também concordaram em cooperar nas áreas de segurança e em outros assuntos de interesse comum, bem como colaborações culturais.

Olaf Scholz, Alemanha

Com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, Lula conversou sobre o acordo entre o Mercosul e a União Europeia, a situação política na Europa e na América Latina e, por fim, os conflitos em Gaza e na Ucrânia.

O mandatário brasileiro ainda convidou a Alemanha a aderir à Aliança Global contra a Fome, uma das prioridades do Brasil na perspectiva da presidência do G20, e sublinhou a necessidade de reformar as instituições de governança global.

Durante o encontro, Scholz também manifestou sua solidariedade ao povo brasileiro pelas consequências das enchentes no Rio Grande do Sul.

Giorgia Meloni, Itália

Lula e a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni também tiveram um encontro bilateral neste sábado.

Na reunião, o brasileiro parabenizou a chefe de governo italiana pela organização da cúpula do G7 e agradeceu a solidariedade de Meloni pelas enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul.

Os dois líderes ainda recordaram a “presença histórica” da comunidade italiana no Brasil e reiteraram a importância do aprofundamento das relações econômicas entre as duas nações em setores estratégicos, como infraestrutura e energia.

Lula aproveitou a oportunidade para convidar Meloni a visitar o Brasil, além de ter conversado sobre a perspectiva da viagem que o presidente da Itália, Sergio Mattarella, fará ao país em julho.

Palácio do Planalto/Flickr
Reunião entre Lula e premiê da Itália, Giorgia Meloni, neste sábado (15/06)

A visita do representante italiano deverá ser marcada por encontros com a comunidade italiana estabelecida no Brasil. Lula, inclusive, aconselhou Meloni a viajar ao país sul-americano com uma comitiva empresarial.

A premiê confirmou que participará da cúpula do G20, que será em novembro, no Rio de Janeiro, e destacou o desejo de dar continuidade aos resultados da reunião do G7, em Borgo Egnazia, durante o encontro em território brasileiro.

Os políticos ainda conversaram sobre segurança alimentar, desenvolvimento social e transição energética.

Narendra Modi, Índia

Lula também se reuniu com o recém reeleito premiê indiano, Narendra Modi. Segundo o governo brasileiro, o líder indiano confirmou sua presença na cúpula do G20, que ocorrerá no Brasil nos dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro.

Por sua vez, o presidente brasileiro Lula se comprometeu a visitar o país asiático, que antecedeu o Brasil na presidência do G20 em 2023.

Recep Tayyip Erdogan, Turquia

Já na reunião com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, na última sexta-feira (14/06), o país solicitou apoio a seu homólogo brasileiro para a solicitação de adesão de Ancara ao Brics.

A informação foi registrada em um comunicado do governo brasileiro divulgado após a reunião bilateral entre os dois realizada à margem do G7. O texto também diz que Lula declarou seu apoio à solicitação turca e que pretende visitar o país.

Erdogan, por sua vez, confirmou que estará no Brasil para a cúpula do G20, em 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro.

Ursula von der Leyen, União Europeia

O presidente Lula também teve uma reunião bilateral na sexta-feira com a chefe do Poder Executivo da União Europeia, Ursula von der Leyen. O principal tema da conversa foi o conturbado acordo comercial Mercosul-UE.

O processo se encontra no contexto em que os negociadores chegaram a demonstrar otimismo, mas os esforços foram minados após os protestos de agricultores que tomaram a Europa. Além disso, a França se posicionou veementemente contra o acordo.

“Em relação ao Mercosul, a Comissão Europeia permanece comprometida em alcançar um resultado positivo e mutuamente vantajoso”, escreveu von der Leyen. Apresidente do executivo da UE também destacou a vontade de continuar a cooperação com o Brasil através de “uma parceria sobre matérias-primas críticas”.

Após a reunião, Lula comentou em uma coletiva de imprensa que o Brasil “está pronto” para assinar o conturbado acordo comercial Mercosul-UE.

“Eu disse para ela [von der Leyen] que depois de todas as tratativas que o Brasil fez para o mudar o acordo, colocando as coisas que achamos necessário colocar e tirar aquelas que julgamos necessário, nós estamos pronto para assinar o acordo na hora que a UE quiser assinar”, declarou o presidente.

Após passar a bola para o bloco europeu, Lula disse que está otimista em relação ao assunto e até mencionou que o presidente da França, Emmanuel Macron, estava “mais flexível” em tratar o tema.

“Volto com otimismo de que o Mercosul está pronto para assinar esse acordo e estamos certos que ele será benéfico para a América do Sul, o Mercosul e os empresários e governos da UE”, concluiu.

(*) Com Ansa