Atualizada às 18h47
Uma autópsia encomendada pela família de George Floyd divulgada nesta segunda-feira (01/06) concluiu que o norte-americano negro de 46 anos morreu por “asfixia causada por compreensão no pescoço e nas costas que provocou a falta de fluxo sanguíneo no cérebro”.
A afirmação contradiz o primeiro exame oficial, contestado pelos familiares de Floyd, no qual o médico legista afirmou que patologias anteriores subjacentes, como doença arterial e hipertensão, poderiam ter contribuído para o falecimento. De acordo com o documento, não havia evidências físicas que “sustentassem o diagnóstico de asfixia ou estrangulamento traumático”.
Floyd morreu após ter o pescoço pressionado pelo policial branco Derek Chauvin em Minneapolis no último dia 25 de maio. O caso gerou revolta no país e deflagrou uma série de protestos contra o racismo nos Estados Unidos, com manifestações que se espalharam por outros países como Canadá, Inglaterra e Alemanha.
Novos protestos são esperados nesta segunda-feira, o que marcará o sétimo dia consecutivo de manifestações antirracistas.
Independent medical examiners determined #GeorgeFloyd’s death was due to asphyxia from sustained forceful pressure. Full statement: pic.twitter.com/cIbWu8ssWX
— Benjamin Crump, Esq. (@AttorneyCrump) June 1, 2020
Flickr/Fibonacci Blue
Novos protestos são esperados nesta segunda-feira (01/06)
A cidade de Nova York, inclusive, decretou toque de recolher e reforçará a presença policial na cidade, com cerca de 8 mil agentes, anunciou o governador Andrew Cuomo.
Também nesta segunda, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, convidou todos os líderes e autoridades dos EUA a ouvir os manifestantes e mostrar moderação.
“As reclamações devem ser atendidas, mas devem ser expressas pacificamente e as autoridades devem mostrar moderação em responder aos manifestantes”, afirmou.
Segundo Guterres, “nos EUA, como em qualquer outro país do mundo, a diversidade é uma riqueza e não uma ameaça, mas o sucesso de empresas heterogêneas em um país exige um investimento maciço em coesão social”.
*Com ANSA