O relatório da Missão Internacional Independente da Organização das Nações Unidas (ONU), sobre as supostas violações dos direitos humanos na Venezuela, é politizado e cheio de mentiras, disse o chanceler do país, Jorge Arreaza.
Nesta quarta-feira (16/09), o relatório da missão afirmou que o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro teria sido o responsável por múltiplas violações dos direitos humanos, que configuram crimes contra a humanidade.
O chanceler venezuelano rechaçou as acusações em publicação nas redes sociais, afirmando que o relatório ilustra a prática de explorar a retórica dos direitos humanos para fins políticos, em vez de defender os direitos humanos.
“Um informe cheio de mentiras, elaborado à distância, sem rigor metodológico algum, por uma missão fantasma dirigida contra a Venezuela e controlada por governos subordinados a Washington, ilustra a prática perversa de fazer política com os Direitos Humanos e não uma política de Direitos Humanos”, escreveu.
Luisangela Alvarado/Opera Mundi
Arreaza disse que relatório está ‘cheio de mentiras’
Arreaza lembrou que Caracas se recusou a reconhecer a missão do Alto Comissariado para os Direitos Humanos da ONU à Venezuela desde o momento de sua criação, em dezembro de 2019.
A Venezuela vive uma crise política desde o início do ano passado, quando a principal figura da oposição, Juan Guaidó, então líder da Assembleia Nacional, se autoproclamou presidente interino da Venezuela em uma tentativa de destituir o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
O Brasil, junto com os Estados Unidos e outros países, reconheceu Guaidó como o líder legítimo da Venezuela e acusou Maduro de permanecer no poder de forma ilegal. Maduro, por sua vez, acusa os EUA e Guaidó de tentarem derrubar seu governo para ter acesso aos recursos naturais do país. A Venezuela tem uma das maiores reservas de petróleo do mundo.