O Grupo Interdisciplinar de Especialistas Independentes (GIEI) retomou nesta semana a agenda de investigações sobre os episódios de violência e de violações contra o direitos humanos na Bolívia que ocorreram entre os meses de setembro e dezembro de 2019, quando o país passou por um processo de golpe de Estado que forçou a renúncia do ex-presidente Evo Morales.
A equipe que foi criada em acordo entre a Bolívia e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) realiza atividades em diferentes regiões do território boliviano.
As primeiras investigações acontecerão em Potosí, onde especialistas ouvirão testemunhas que sofreram atos de violência. O grupo também estará em Cochabamba e La Paz.
Atividades de investigação também acontecerão em Senkata e Sacaba, regiões que foram palco de massacres durante o governo da presidente autoproclamada Jeanine Áñez.
Ainda em 2019, a CIDH concluiu que forças de segurança abriram fogo contra a população que protestava contra o golpe de Estado. Segundo o órgão, 36 pessoas foram mortas e mais de 50 ficaram feridas.
Uma outra frente de investigação do grupo são os episódios de violência contra a imprensa e jornalistas. Segundo o GIEI, serão coletados testemunhos de profissionais de comunicação que foram vítimas de “violações de direitos pessoais e profissionais”.
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Repressão em Senkata foi classificada como ‘massacre’