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Direitos Humanos

América Latina vive onda de deslocamentos forçados

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Memorial oferece bolsas de pesquisa sobre a questão do refúgio

Redação

Rádio USP Rádio USP

2021-07-09T15:00:00.000Z

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Os números impressionam. No Dia Mundial do Refugiado (25 de junho), a Acnur, órgão de assistência da ONU para refugiados, divulgou um dado alarmante: o mundo possui 82,4 milhões de homens, mulheres e crianças que tiveram seus mundos virados de cabeça para baixo devido a guerras, violência, perseguições e catástrofes. Somente na América Latina são 8 milhões de pessoas nessa condição. “Enquanto nós estivemos durante quase todo o ano passado seguros em nossas casas, estas pessoas tiveram que fugir de seus lares para permanecerem vivas”, diz um trecho do comunicado do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados.

O Brasil sempre recebeu imigrantes, o que faz parte da sua formação como nação. Agora, vive o desafio de acolher os refugiados. A onda de haitianos ocorreu no início dos anos 2010, logo após o terremoto que praticamente devastou aquele pequeno país caribenho. No final da década passada foi a vez dos venezuelanos. A maioria deles foi para a vizinha Colômbia e outros países de língua espanhola. Cerca de 40 mil vieram para o Brasil.


Saleh Bahulais/ACNUR
Atualmente, existe o dobro de pessoas deslocadas à força em relação a 2011, quando o total era de pouco menos de 40 milhões

Segundo o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), ao final de 2020 havia 57.099 pessoas refugiadas reconhecidas pelo Brasil. Somente em São Paulo, existem 7.777 alunos de 97 nacionalidades diferentes matriculados na rede municipal de ensino, um crescimento de 5,8% em relação ao ano passado. A maioria é formada por haitianos, bolivianos e venezuelanos.

Essas histórias que estão sendo construídas merecem ser contadas. Para falar desse tema que se tornou uma questão importante para a América Latina, o Brasil Latino traz uma entrevista com Alexandre Barbosa, gerente de assuntos acadêmicos do Centro Brasileiro de Estudos da América Latina da Fundação Memorial da América Latina e editor da revista Nossa América.

A cátedra Unesco/UNITWIN de Integração da América Latina, que conta com a participação de USP, Unicamp e Unesp e da Fundação Memorial da América Latina, está com inscrições abertas até 8 de julho para a concessão de bolsas de pesquisa voltadas ao tema do refúgio e seus desdobramentos no contexto brasileiro atual. As bolsas são para pesquisas nas áreas de historiografia, audiovisual, direitos humanos e comunicação. As inscrições devem ser feitas pelo e-mail catedra@memorial.org.br.

Ouça na Rádio USP.

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Política e Economia

União Europeia passa a proibir importação de carvão russo

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Anunciado em abril, embargo ao carvão russo entra em vigor nos países do bloco europeu, que importava 20% do carvão produzido na Rússia

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-10T17:29:00.000Z

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As importações de carvão da Rússia pelos países-membros da União Europeia (UE) estão proibidas a partir desta quarta-feira (10/08). A medida integra o quinto pacote de sanções imposto pelo bloco devido à invasão russa da Ucrânia, anunciado ainda em abril.

A proibição faz parte de uma série de ações da UE que visam enfraquecer o setor energético da Rússia. Em abril, a Comissão Europeia disse que o embargo ao carvão poderia custar a Moscou cerca de 8 bilhões de euros por ano.

À época do anúncio, ficou estipulado que as nações do bloco teriam 120 dias para buscar carvão em outros países ou encontrar alternativas para a geração de energia.

A União Europeia depende fortemente de carvão mineral para a geração de energia: por ano, o bloco importava em torno de 20% do total do carvão produzido na Rússia – o que representa, por outro lado, cerca de metade de todo o carvão importado pela UE, que agora precisará ser substituído.

Os maiores compradores dentro do bloco são usinas e indústrias da Alemanha, Polônia, Itália, Holanda, Espanha e França.

Brian Ricketts, secretário-geral da Associação Europeia de Carvão e Lignito (Eurocoal), acredita que a UE passará a importar ainda mais carvão do que antes para substituir as centrais a gás.

"Acreditamos que isso [o aumento da importação de carvão a partir de outros mercados] vai acontecer porque até 120 terawatts-hora de produção de eletricidade a partir do gás devem ser substituídos por carvão e lignito. Isso economizaria cerca de 22 bilhões de metros cúbicos de gás por ano, muito mais do que qualquer outra medida", afirmou Ricketts.

Importação de outros países

A UE já tem intensificado o abastecimento de carvão a partir de outros países, como Colômbia, Austrália e Estados Unidos, segundo dados da Braemar, empresa especializada em transporte marítimo e gerenciamento de risco.

Em junho, países europeus adquiriram 7,9 milhões de toneladas de carvão mineral, mais do que o dobro do mesmo período do ano passado.

Jochen Tack/picture alliance
Porto de Roterdã, na Holanda, é um dos maiores receptores de carvão importado pela União Europeia

Ricketts também aponta que países como "Polônia, Austrália, Indonésia, EUA, Colômbia e África do Sul aumentaram a produção de lignito" em pelo menos nove Estados-membros da UE.

As importações a partir da Colômbia chegaram a 1,2 milhão de toneladas em junho, contra apenas 287 mil toneladas no mesmo período no ano passado.

Também em junho, a UE importou cerca de 1,1 milhão de toneladas da Austrália, a taxa mais alta já registrada.

Já as importações de carvão proveniente dos Estados Unidos aumentaram quase 28% em junho deste ano em relação ao mesmo mês de 2021.

Outros embargos a caminho

Além do carvão, a UE também já estipulou datas para o início de embargos a outros produtos, incluindo um embargo parcial ao petróleo russo, que será proibido de ser adquirido por via marítima a partir de 5 de dezembro deste ano.

A sanção parcial ocorre porque as importações de petróleo através de oleodutos ainda serão permitidas, principalmente a países muito dependentes do produto, como Hungria e Eslováquia.

Já o embargo a produtos derivados do petróleo passará a valer a partir de 5 de fevereiro de 2023.

Se o embargo ao carvão russo será de fato respeitado, Ricketts presume que isso só será possível afirmar quando os portos e alfândegas apresentarem estatísticas sobre o tema: "A alfândega está muito atrasada com seus números", disse o secretário da Eurocoal.

Além disso, há a responsabilidade direta dos Estados-membros da UE em cumprir o que foi acordado. "É claro que se espera que os países implementem o que eles próprios decidiram. Acompanharemos a situação, mas não temos dúvidas de que o embargo será implementado", opinou Eric Mamer, porta-voz da Comissão Europeia, na sexta-feira passada.

Nesta semana, também entrou em vigor o plano de contingência em relação ao fornecimento de gás para o inverno. Por isso, apesar do crescimento nas importações de carvão, a Agência Internacional de Energia pede que a Europa aumente a eficiência na geração de energia por meio de outras fontes, inclusive a nuclear, para arcar com uma possível crise energética.

Guerra na Ucrânia

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