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Direitos Humanos

Mais de um quinto da população alemã já sofreu racismo, diz estudo

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Monitor Nacional de Discriminação e Racismo aponta que mais de 90% dos alemães reconhecem que o racismo existe no país

Marcel Fürstenau

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-05-06T14:36:59.000Z

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Você já foi vítima de racismo? Num estudo feito recentemente na Alemanha, 22% das pessoas responderam que sim.

O que isso significa em termos concretos para os afetados e como a sociedade alemã lida com o tema foram objeto do primeiro Monitor Nacional de Discriminação e Racismo, conduzido pelo Centro Alemão de Pesquisa sobre Integração e Migração. 

Os pesquisadores ouviram 5 mil pessoas e apresentaram os resultados nesta semana em Berlim.

"Vivemos em uma sociedade racista"

Segundo Naika Foroutan, diretora do centro de pesquisa, os resultados do estudo foram inesperados: "Ficamos realmente surpresos com o fato de 90% da população dizer: 'Há racismo na Alemanha'". E o que mais surpreendeu foi a afirmação "Vivemos em uma sociedade racista", o que aponta para uma percepção de racismo institucional e estrutural, diz a pesquisadora.

Na apresentação do estudo, Foroutan assinalou que o conhecimento empírico sobre o racismo está "comparativamente pouco desenvolvido" no país, já que "não há uma única cátedra para a pesquisa sobre o racismo na Alemanha".

Discriminação por cor, lenço de cabeça, nome

O estudo se concentrou em seis grupos: judeus, muçulmanos, sinti e roma, negros, asiáticos e europeus do leste. Segundo o estudo, pessoas são alvo de discriminação por sua cor da pele ou do cabelo, mas também por usarem um lenço na cabeça ou ter um nome que soa estrangeiro.

Ao mesmo tempo, há fenômenos que a equipe do estudo chama de "gradações". Quando se trata de discriminação no mercado de trabalho ou na busca por moradias, por exemplo, os pesquisadores constataram que "quando afeta judeus ou negros, as pessoas tendem mais a chamar de racismo do que quando afeta sinti e roma ou muçulmanos". 

Ben Kriemann/Geisler-Fotopress/picture alliance
Manifestação contra racismo em Berlim

O racismo não é questão de educação e origem

O estudo também mostrou que se verificam formas discriminatórias de pensar e agir entre pessoas de todos os níveis educacionais, e que isso nada tem a ver com a origem. Além disso, as vítimas de racismo também podem ser perpetradoras. 

Na apresentação do estudo, a ministra alemã da Família, Lisa Paus, lembrou os ataques terroristas à sinagoga em Halle (Saxônia-Anhalt) em 2019 e a um bar de narguilé em Hanau (Hessen) em 2020. Foram atentados com muitas mortes, que, segundo ela, desencadearam perguntas como: "Por que o racismo persiste?"

Ninguém tem respostas simples e rápidas, nem mesmo a ministra. Mas ela acredita que a planejada Lei de Promoção da Democracia "tornará mais permanentes as estruturas de engajamento da sociedade civil contra o extremismo e o racismo".

70% dispostos a se engajar contra o racismo

No estudo, 70% dos entrevistados se disseram dispostos a se engajar de várias formas contra o racismo.

Ao mesmo tempo, um terço dos entrevistados muitas vezes considera vítimas de racismo "excessivamente sensíveis", e quase a metade as considera "desnecessariamente temerosas".

O estudo deve servir de base para pesquisas subsequentes, pois está previsto um monitoramento permanente da discriminação e do racismo na Alemanha. Políticos, acadêmicos e a sociedade civil esperam que, assim, seja possível conhecer melhor as causas, a extensão e as consequências do racismo.

"O racismo está em toda parte, ele está entre nós", conclui a ministra da Família.

Política e Economia

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Guerra na Ucrânia

Rússia diz que assumiu o controle total de Lugansk

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Ministério da Defesa da Rússia afirma que suas tropas tomaram a cidade estratégica de Lysychansk, assegurando o controle da região de Lugansk, no leste da Ucrânia

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-07-03T20:53:00.000Z

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A Rússia reivindicou neste domingo (03/07) o controle de toda a região de Lugansk, no leste da Ucrânia, após a conquista da cidade estratégica de Lysychansk, que foi palco de intensos combates.

Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, o titular da pasta, Serguei Shoigu, informou oficialmente "o comandante em chefe das Forças Armadas russas, Vladimir Putin, sobre a libertação da República Popular de Lugansk".

Mais tarde, o Estado-Maior da Ucrânia confirmou em um comunicado publicado no Facebook que as tropas ucranianas foram forçadas a se retirar de Lysychansk,

"Depois de intensos combates por Lysychansk, as Forças de Defesa da Ucrânia foram forçadas a se retirar de suas posições e linhas ocupadas", disse o comunicado.

"Continuamos a luta. Infelizmente, a vontade de aço e o patriotismo não são suficientes para o sucesso - são necessários recursos materiais e técnicos", disseram os militares.

Lysychansk era a última grande cidade sob controle ucraniano na região de Lugansk.

Na manhã deste domingo, o governador ucraniano da região de Lugansk, Serguei Gaidai, já havia sinalziado que as forças da Ucrânia estavam perdendo terreno em Lysychansk, uma cidade de 100.000 habitantes antes da guerra. "Os russos estão se entrincheirando em um distrito de Lysychansk, a cidade está em chamas", disse Gaidai no Telegram. "Eles estão atacando a cidade com táticas inexplicavelmente brutais", acrescentou.

A conquista de Lysychansk - se confirmada - pode permitir que as tropas russas avancem em direção a Sloviansk e Kramatorsk, mais a oeste, praticamente garantindo o controle da região, que já estava parcialmente nas mãos de separatistas pró-russos desde 2014.

Militärverwaltung der Region Luhansk/AP/dpa/picture alliance
Lysychansk está em ruínas após combates entre as forças russas e ucranianas

No sábado, um representante da "milícia popular de Lugansk" havia afirmado que os separatistas e as tropas russas haviam cercado completamente Lysychansk, algo que foi inicialmente negado pela Ucrânia

Explosões em cidade russa

Ainda neste domingo, a Rússia acusou Kiev de lançar mísseis na cidade de Belgorod, perto da fronteira entre os dois países.

"As defesas antiaéreas russas derrubaram três mísseis Totchka-U lançados por nacionalistas ucranianos contra Belgorod. Após a destruição dos mísseis ucranianos, os restos de um deles caíram sobre uma casa", informou o porta-voz do ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov.

O governador da região, Viacheslav Gladkov, já havia anunciado anteriormente a morte de pelo menos três pessoas em explosões naquela cidade.

As acusações levantadas por Moscou foram divulgadas um dia depois de a Ucrânia denunciar o que chamou de "terror russo deliberado" em ataques na região da cidade ucraniana de Odessa.

Segundo autoridades militares e civis ucranianas, pelo menos 21 pessoas, incluindo um menino de 12 anos, foram mortas na sexta-feira por três mísseis russos que destruíram "um grande edifício" e "um complexo turístico" em Serhiivka, uma cidade na costa do Mar Negro, a cerca de 80 km de Odessa, no sul da Ucrânia.

"Isso é terror russo deliberado e não erros ou um ataque acidental com mísseis", denunciou o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, na noite de sexta-feira, enquanto as autoridades locais asseguraram que "não havia qualquer alvo militar" no local dos ataques.

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