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Direitos Humanos

Comissão da Verdade colombiana apresenta relatório final com recomendações a Petro e Márquez

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Após 3 anos de investigações, grupo apresenta documento com dados dos 58 anos de conflito armado na Colômbia

Michele de Mello

Brasil de Fato Brasil de Fato

São Paulo (Brasil)
2022-06-28T21:25:00.000Z

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Nesta terça-feira (28/06), a Comissão da Verdade que investiga os 58 anos de conflito armado na Colômbia apresentou seu relatório final. O grupo, criado a partir dos Acordos de Paz de Havana, em 2016, teve três anos para dialogar com todas as partes do conflito e elaborar o documento com recomendações.

Os governantes recém eleitos, Gustavo Petro, presidente, e Francia Márquez, vice, estiveram presentes na cerimônia. Já o atual mandatário, Iván Duque, mesmo convidado, viajou ao exterior e enviou o ministro do Interior, Daniel Palacios, em nome do governo. Além disso, mais de 3 mil organizações e instituições de direitos humanos também acompanham o evento. 

"A eleição de Gustavo Petro mostra que iremos mais adiante na paz até que amemos a vida. Temos confiança que Petro, Francia e a unidade social e política que convocaram irão aderir a nossas recomendações para implementar as mudanças necessárias", disse o padre e presidente da Comissão, Francisco de Roux.

A Comissão recebeu mais de 10 mil propostas de distintos setores. Nas suas recomendações, está a criação de um Ministério da Paz e Reconciliação, regular as promoções de militares dentro das Forças Armadas, criar políticas de memória e reparação, aumentar o acesso à educação no campo, assim como abandonar a proposta de guerra às drogas. 

"A apropriação da verdade não pode ser entendida como uma extensão da vingança. A verdade tem o sentido do diálogo, acordo, convivência, reconciliação. Há possibilidade de uma paz integral. Não queremos novos conflitos armados, queremos abandonar as armas como instrumento para resolução de conflitos", disse Petro após receber o documento.

Twitter/Comisión de la Verdad
Comissão da Verdade recebeu mais de 10 mil propostas de distintos setores

Com participação virtual, a Alta Comissionada da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, disse que "a verdade é um direito imprescritível e transformador tanto para as vítimas, como para a sociedade".

Tanto o documento final, como outros materiais investigativos sobre o conflito, serão publicados na página da Comissão da Verdade.

"O propósito é que o público se aproprie da nossa história para que não se repita. Será um dos repositórios mais importantes do país em matéria de direitos humanos e sobre o conflito armado", declarou o padre Francisco de Roux.

A Comissão ainda defende a retomada das negociações de um acordo de paz com o Exército de Libertação Nacional (ELN), suspensas pela atual gestão de Iván Duque em 2019.

A Colômbia vive 58 anos de conflito armado concentrado nas disputas por território entre o exército, insurgências, narcotráfico e grupos paramilitares, que acumula cerca de 260 mil vítimas. 

Entre 2002 e 2008, durante os primeiros anos da gestão de Álvaro Uribe Vélez, há evidências de ao menos 6.400 casos de "falsos positivos" - civis mortos pelas forças de segurança do Estado como supostos guerrilheiros. 

De acordo com levantamento do Instituto de Desenvolvimento da Paz (Indepaz), desde 2016, acumulam-se 1.624 defensores de direitos humanos e ex-combatentes assassinados, sendo 930 mortos durante a gestão de Duque.

Somente em 2022 já foram registradas 47 chacinas com mais de 100 vítimas, sendo 21 pessoas que assinaram o mecanismo de paz.

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Política e Economia

Alemanha reduz imposto sobre o gás em meio a alta dos preços

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Scholz afirma que imposto sobre valor agregado cairá temporariamente de 19% para 7% a fim de 'desafogar consumidores'. Governo alemão estava sob pressão após anunciar uma sobretaxa ao consumo de gás durante o inverno

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-18T22:00:00.000Z

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O chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, anunciou nesta quinta-feira (18/08) que o governo vai reduzir temporariamente o imposto sobre valor agregado (IVA) do gás, de 19% para 7%, a fim de "desafogar os consumidores" em meio a alta dos preços.

Em coletiva de imprensa, o líder alemão disse esperar que as empresas de energia repassem a economia possibilitada pela medida de maneira proporcional aos consumidores, que usam o gás, por exemplo, para aquecer suas casas em meses mais frios.

A medida deve entrar em vigor em outubro e durar ao menos até o fim do ano que vem. A ideia é diminuir o peso de uma sobretaxa ao uso de gás anunciada pelo governo alemão no início desta semana.

Essa sobretaxa, que também entrará em vigor em outubro para residências e empresas alemãs, foi fixada em 2,4 centavos de euros por quilowatt-hora de gás utilizado durante o inverno europeu.

O anúncio levou a indústria e políticos da oposição a pressionarem o governo alemão a tomar alguma medida para suavizar o aumento dos preços.

"Com essa iniciativa, vamos desafogar os consumidores num nível muito maior do que o fardo que a sobretaxa vai criar", afirmou Scholz.

Inicialmente, o governo alemão havia dito que esperava amenizar o golpe da sobretaxa ao gás tornando somente ela isenta do IVA. Mas, para isso, Berlim precisaria do aval da União Europeia (UE), que não aprovou a ideia.

Por outro lado, o que o governo de Scholz poderia fazer sem precisar consultar Bruxelas é alterar a taxa do IVA sobre o gás em geral. E foi o que ele fez.

O gás é o meio mais popular de aquecimento de residências na Alemanha, sendo usado em quase metade dos domicílios do país.

Alemanha corre para encher reservatórios

Além de planos para diminuir o uso de energia, a Alemanha também segue tentando encher suas reservas de gás natural liquefeito antes do início do inverno.

O vice-chanceler federal e ministro da Economia e da Proteção Climática, Robert Habeck, anunciou recentemente um plano para preencher os reservatórios com 95% da capacidade até 1º de novembro.

No momento do anúncio, as reservas estavam em 65% do total e, no fim de semana passado, chegaram a 75%, duas semanas antes do previsto.

Julian Stratenschulte/dpa/picture alliance
Redução no imposto sobre o gás ocorreu após pressão da indústria e de políticos da oposição

Ainda assim, o chefe da agência federal alemã responsável por diferentes redes, como redes de trens e de gás, disse nesta quinta-feira que tem dúvidas sobre o alcance da meta.

"Não acredito que vamos atingir nossas próximas metas de reserva tão rapidamente quanto as primeiras. Em todas as projeções ficamos abaixo de uma média de 95% até 1º de novembro. A chance de isso acontecer é baixa porque alguns locais de armazenamento começaram num nível muito baixo", disse Klaus Müller ao site de notícias t-online.

Ele também alertou que os consumidores provavelmente terão que se acostumar com as pressões no mercado de gás de médio ou longo prazo.

"Não se trata de apenas um inverno, mas de pelo menos dois. E o segundo inverno [a partir do final de 2023] pode ser ainda mais difícil. Temos que economizar muito gás por pelo menos mais um ano. Para ser bem direto: serão pelo menos dois invernos de muito estresse", afirmou Müller.

Plano de contingência

Em 26 de julho, a União Europeia aprovou um plano de redução do consumo de gás, com o objetivo de armazenar o combustível para ser usado durante o inverno e diminuir a dependência da Rússia no setor energético. O plano de contingência entrou em vigor no início de agosto.

Na Alemanha, o governo segue analisando maneiras de limitar o consumo de energia, antevendo a situação para o próximo inverno.

Prédios públicos, com exceção de hospitais, por exemplo, serão aquecidos somente a 19 ºC durante os meses frios. Além disso, diversas cidades na Alemanha passaram a reduzir a iluminação noturna de monumentos históricos e prédios públicos.

Em Berlim, cerca de 200 edifícios e marcos históricos, incluindo o prédio da prefeitura, a Ópera Estatal, a Coluna da Vitória e o Palácio de Charlottenburg, começaram a passar por um processo de desligamento gradual de seus holofotes no final de julho, em um processo que levaria quatro semanas.

Hannover, no norte do país, também anunciou seu plano para reduzir o consumo de energia em 15% e se tornou a primeira grande cidade europeia a desligar a água quente em prédios públicos, o que inclui oferecer apenas chuveiros frios em piscinas e centros esportivos.

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