A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, que faz parte do Congresso norte-americano juntamente com o Senado, aprovou nesta sexta-feira (15/07) um projeto de lei para restaurar o direito ao aborto em todo país, após a decisão da Suprema Corte de abolir a sentença histórica do caso Roe v. Wade, de 1973, que legalizou a prática no território norte-americano.

A medida, que efetivamente proíbe restrições ao aborto antes que a gravidez atinja 24 semanas, foi aprovada com 219 votos a favor e 210 contra. O ´órgão conta com maioria de parlamentares democratas.

A votação foi em grande parte simbólica – os projetos de lei são praticamente impossíveis de superar a oposição republicana no Senado igualmente dividido, onde são necessários 60 votos para avançar a legislação.

Mas a ação aponta para o que os democratas prometem ser uma “campanha política total”, para restaurar os direitos ao aborto em todos os 50 estados.

Também nesta sexta-feira, a Câmara norte-americana também aprovou um projeto para proibir a criminalização de mulheres que viajarem para outro estado para realizar um aborto, com 223 votos a favor e 205 contrários.

A votação ocorre no momento em que o governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está sob crescente pressão de seus apoiadores, depois da decisão da Suprema Corte de invalidar um direito constitucional de meio século ao aborto.

(*) Com Ansa