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Direitos Humanos

ONGs do Mediterrâneo cobram missão da União Europeia para salvar migrantes

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Três principais organizações que atuam no socorro a migrantes forçados no Mar Mediterrâneo cobraram da instituição uma missão de busca e resgate

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-08-03T20:45:00.000Z

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Os Médicos Sem Fronteiras (MSF), ao lado de SOS Méditerranée e Sea Watch, assinaram um documento cobrando a União Europeia de instituir uma missão de busca e resgate de migrantes nesta quarta-feira (03/08).

Navios das três ONGs socorreram 16 barcos em dificuldade apenas nos últimos cinco dias pelo Mediterrâneo Central, trecho do mar entre as costas de Tunísia e Líbia, no norte da África, e Malta e Itália, no sul da Europa.

"Pedimos aos Estados da UE que coloquem à disposição uma frota adequada de busca e resgate no Mediterrâneo Central, administrada em nível institucional, e que forneçam uma resposta imediata a todos os pedidos de socorro, juntamente a um planejamento dos desembarques dos sobreviventes", afirmaram as ONGs.

Segundo as entidades, a ausência de uma missão europeia no Mediterrâneo e os atrasos na designação de portos seguros para os náufragos resgatados por navios humanitários "minaram a integridade e a capacidade do sistema de socorro e a possibilidade de salvar vidas humanas".

"É nosso dever legal e moral não deixar que essas pessoas se afoguem. Consideradas as exigências, aumentar a capacidade de resposta no Mediterrâneo Central se coloca como uma necessidade imprescindível", reforçou o chefe de missões de busca e socorro de MSF, Juan Matias Gil.

Christopher Jahn/IFRC/Flickr
Entidades acreditam que a ausência de uma missão europeia para os resgates e buscas "minaram a possibilidade de salvar vidas humanas"

Vácuo institucional

A Itália instituiu em 2013, após a morte de 368 pessoas em um naufrágio na costa de Lampedusa, a missão Mare Nostrum, que usava navios militares para monitorar o Mediterrâneo Central e salvar migrantes em perigo.

Em 2015, essa atividade passou a ser exercida pela missão europeia Sophia, que está paralisada desde 2019 por causa de divergências entre os Estados-membros da UE sobre o local de desembarque das pessoas socorridas no mar.

A ausência da Sophia favoreceu o aumento dos chamados "desembarques fantasmas", ou seja, barcos clandestinos que conseguem cruzar o Mediterrâneo sem ser notados pelas autoridades. A UE conduz atualmente a missão Irini (paz, em grego), mas esta tem como objetivo apenas garantir o embargo de armas à Líbia.

A Itália já recebeu 42 mil migrantes forçados via Mediterrâneo em 2022, crescimento de 40% na comparação com o mesmo período de 2021, de acordo com o Ministério do Interior, e o número vem subindo rapidamente, já que o verão no Hemisfério Norte é mais propício para travessias.

Os principais países de origem dos deslocados são Tunísia (7.612), Egito (7.404), Bangladesh (6.389), Afeganistão (3.308) e Síria (2.434). Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), 907 pessoas já morreram ou desapareceram na travessia do Mediterrâneo Central em 2022.

O recrudescimento dos fluxos migratórios no sul da Itália deve ser um dos principais temas da campanha para as eleições antecipadas de 25 de setembro, que têm a extrema direita como favorita à vitória.

Tanto a deputada Giorgia Meloni, líder nas pesquisas, quanto o ex-ministro do Interior Matteo Salvini, terceiro colocado, prometem endurecer as políticas migratórias do país e barrar a entrada de pessoas resgatadas no Mediterrâneo.

(*) Com Ansa.

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Guerra na Ucrânia

Reator é desativado em usina nuclear na Ucrânia após ataque

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Ataques danificaram instalações da usina de Zaporíjia e aumenta perigo de incêndios; tropas russas se deslocam do Donbass para o sul ucraniano

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-06T20:30:00.000Z

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A agência nuclear ucraniana Enerhoatom alertou neste sábado (06/08) para um aumento do risco de incêndios e de vazamento de radiação, devido aos combates entre tropas russas e ucranianas nas proximidades da usina nuclear de Zaporíjia.

O local, segundo o órgão, "opera sob risco de violação das normas de radiação e proteção ao fogo".

Ataques de artilharia no dia anterior danificaram uma usina de nitrogênio e uma seção auxiliar da usina nuclear, afirmou a agência.

"O risco de vazamento de hidrogênio e da dispersão de partículas de radiação continua, e o perigo de um incêndio é bastante alto."

Uma rede de alta voltagem também foi atingida, levando os operadores da usina a desativarem um dos reatores, ainda que nenhum vazamento tivesse sido detectado. O local ainda é administrado por técnicos ucranianos.

Os funcionários continuam trabalhando para manter os níveis de segurança na maior usina nuclear da Europa, mas a ameaça gerada pela ocupação russa da usina é significativa, diz a Enerhoatom. Observadores afirmam que a usina nuclear pode ter sido minada pelas forças russas.

Guerra entra em "nova fase"

O Exército russo passou a acumular suas tropas mais ao sul na Ucrânia, antes do início de uma contraofensiva por parte de Kiev, enquanto a guerra parece chegar a uma nova fase, afirma relatório de inteligência do Ministério da Defesa do Reino Unido divulgado neste sábado.

O Ministério avalia que os combates mais intensos terão um deslocamento para uma faixa de 350 quilômetros a partir de Zaporíjia, mais próxima à região do Donbass, até Kherson, paralelamente ao rio Dnipro.

ALEXANDER ERMOCHENKO/REUTERS
Agência nuclear da Ucrânia diz que há risco de dispersão de partículas de radiação na usina de Zaporíjia

Zaporíjia é localizada na parte sudeste do mesmo rio, enquanto Kherson é conectada com a Península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, através de uma rota de grande importância estratégica.

O relatório afirma que longos comboios de caminhões militares, tanques, reboques de artilharia e outros armamentos continuam a se afastar da região do Donbass rumo ao sudeste.

"Há também registros de equipamentos sendo transportados das cidades ocupadas de Melitopol, Berdiansk e Mariupol e do território da Rússia até a Crimeia através da ponte Kerch."

A inteligência britânica afirma que forças ucranianas no sul do país tentam interromper as linhas de abastecimento das tropas russas, ao danificar ou destruir infraestruturas como estradas e pontes.

Rússia relata morte de 600 soldados inimigos

O Ministério russo da Defesa afirmou neste sábado que suas tropas mataram quase 600 soldados ucranianos e aliados, incluindo mais de 80 "mercenários estrangeiros" em ataques aéreos e de artilharia nos últimos dias, nas regiões de Kherson e Dnipropetrovsk.

O Kremlin também disse ter destruído vários sistemas de artilharia ucranianos, incluindo lançadores múltiplos de mísseis Himars, fornecidos pelos Estados Unidos. Relatos semelhantes feitos anteriormente por Moscou foram negados por Kiev e Washington.

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