México rejeita declarações da ONU sobre desaparecimentos forçados
Comitê das Nações Unidas anunciou que encaminharia solicitação ao governo Sheinbaum sobre a situação dos desaparecimentos no país
O governo da presidente Claudia Sheinbaum rejeitou, no último sábado (05/04), as declarações do Comitê das Nações Unidas (ONU) sobre Desaparecimentos Forçados que insinuaram que a prática era cometida pelo Estado mexicano.
“O governo mexicano não consente, permite ou ordena o desaparecimento de indivíduos como parte da política de Estado”, declararam os Ministérios do Interior e das Relações Exteriores em um comunicado conjunto.
Tarjeta Informativa conjunta Gobernación-Relaciones Exteriores.https://t.co/XmkTxRBbM5 pic.twitter.com/IP6tqR41It
— Relaciones Exteriores (@SRE_mx) April 6, 2025
As pastas sustentaram que o México “está comprometido com o respeito irrestrito aos direitos humanos e com o enfrentamento das causas da violência” e que “rejeita as declarações feitas pelos membros do Comitê sobre a suposta prática de desaparecimento forçado pelo Estado”.
O documento reforçou o compromisso do país latino-americano a combater “esse flagelo” e que tem anunciado a “implementação de ações decisivas para esse fim”.

Governo mexicano afirmou que analisará solicitação da ONU “assim que for recebeida”
O governo mexicano também enfatizou que o país mantém uma “cooperação sustentada” com o Comitê da ONU como Estado Parte da Convenção Internacional para a Proteção de Todas as Pessoas contra o Desaparecimento Forçado.
Na última sexta-feira (04/04), o comitê das Nações Unidas anunciou que encaminharia uma solicitação ao governo mexicano sobre a situação dos desaparecimentos no país, com base no artigo 34 da Convenção sobre o assunto.
“O Estado mexicano analisará esta solicitação assim que for recebida, para compartilhar as ações e programas que estão sendo implementados em nível nacional para abordar e combater o fenômeno dos desaparecimentos no México”, finalizou o comunicado do governo Sheinbaum.
A investigação abriria a porta para a possibilidade de que, se a prática de desaparecimento forçado pelo Estado fosse comprovada, a questão poderia ser levada à Assembleia Geral da ONU.
(*) Com TeleSUR
