O ex-prefeito de Nova York Mike Bloomberg desistiu de sua pré-candidatura pelo Partido Democrata nesta quarta-feira (04/03), após sofrer uma derrota contundente nas primárias que aconteceram em 14 estados nesta terça-feira (03/03), conhecida como Superterça.
Bloomberg, que investiu quase meio bilhão de dólares em propaganda e venceu somente na Samoa Americana, anunciou que irá apoiar Joe Biden, ex-vice-presidente que venceu em 9 dos 14 estados que realizaram primárias nesta terça.
“Três meses atrás, eu entrei na corrida pela presidência para derrotar Trump. Hoje, eu estou saindo da disputa pela mesma razão: para derrotar Trump, porque está claro para mim que permanecer [na disputa] tornaria mais difícil atingir este objetivo”, disse Bloomberg a apoiadores nesta manhã.
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O ex-prefeito de Nova York agora se junta a outros democratas que desistiram e passaram a apoiar Biden, em uma manobra da ala chamada “moderada” do Partido Democrata para se contrapor à candidatura de Bernie Sanders, considerado um dos favoritos para derrotar Trump nas eleições de novembro.
Flickr/Skidmore
Ex-prefeito de Nova York sofreu uma grande derrota na Superterça
“Eu sempre acreditei que derrotar Trump começa com se unir ao candidato com a melhor chance. Após a votação de ontem, está claro que este candidato é o meu amigo e o grande americano Joe Biden”, afirmou.
Superterça
Biden saiu fortalecido da Superterça, após vencer em 9 dos 14 estados que realizaram primárias. Com esses resultados, o ex-vice de Barack Obama assumiu a liderança no número de delegados pela candidatura democrata às eleições.
Sanders, que venceu em Colorado, Utah, Vermont e Califórnia, aparece em segundo lugar, com puco menos de 100 delegados de diferença para Biden.
Após os resultados, Sanders disse que “não pode se vencer [Donald] Trump com a política de sempre. “Quando entramos nesta disputa, disseram que seria impossível. Mas tenho absoluta confiança: vamos ganhar a nomeação democrata e vamos derrotar o presidente mais perigoso da história deste país”, afirmou.
Sem citar Biden, o senador marcou as diferenças entre eles. “Um candidato [Biden] votou a favor da guerra do Iraque. O outro, contra. Um passou a vida lutando contra cortes sociais. O outro ficava no Senado defendendo os cortes”, disse. “Vamos ganhar porque as pessoas entendem que nossa campanha, nosso movimento é o que está melhor posicionado para vencer Trump”.
Já Biden disse que, com os resultados que vêm acumulando desde as primárias da Carolina do Sul, quando ganhou por ampla margem, mostram que sua campanha está “viva”. “Poucos dias atrás, a imprensa disse que a nossa campanha estava morta. Veja onde estamos agora. Estamos muito vivos! Essa campanha vai levar Donald Trump a fazer as malas!”, disse, em Los Angeles.