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Eleições 2020 nos EUA

Festa do caos: Interrupções de Trump, supremacistas brancos e Amazônia marcam 1º debate nos EUA

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Os candidatos tratarão de temas pré-escolhidos pela moderação, como a pandemia do novo coronavírus, as tentativas de deslegitimação da eleição, economia e Suprema Corte

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2020-09-30T03:19:00.000Z

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Texto atualizado às 00h55

Donald Trump e Joe Biden participaram nesta terça-feira (29/09) do primeiro debate presidencial das eleições deste ano nos Estados Unidos. O caótico confronto entre os dois foi marcado por incessantes interrupções de Trump, pela recusa dele em condenar supremacistas brancos e com Biden chamando o presidente de palhaço e sugerindo pagar o Brasil para proteger a Amazônia.

O moderador do debate, o jornalista da Fox News Chris Wallace, chegou ao ponto de lembrar Trump que a campanha do republicano havia concordado em dar a cada candidato dois minutos para sua fala, e que além disso, quem comandava a discussão era ele, e não o presidente. 

Em determinado momento, Biden chegou a pedir a Trump que calasse a boca.

A discussão foi tão caótica que nem a imprensa norte-americana conseguiu chegar a uma conclusão sobre o vencedor do debate. Ao final da transmissão, o âncora da NBC Lester Holt se dirigiu ao telespectador do evento com palavras de consolo: "Se o fim deste debate é música para seus ouvidos, saiba que não é só para você".


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Supremacistas

Durante o debate, Trump se recusou a condenar supremacistas brancos. Questionado por Wallace sobre isso, o presidente disse que tudo o que via “vinha da esquerda, não da direita”. O moderador insistiu e pediu para que Trump, então, condenasse os movimentos de direita radicais. O presidente saiu pela tangente e, ao invés de repreender a extrema-direita, disse somente “afastem-se, esperem”. E voltou a falar de grupos antifascistas.

O debate tinha seis tópicos pré-determinados, mas eles foram pouco respeitados, já que tanto Biden, quanto Trump insistiam em desviar do assunto – para desespero de Wallace, que, por vezes, chegava a desistir de continuar com a discussão.

Dinheiro para o Brasil

No tópico sobre mudanças climáticas, Biden citou as queimadas no Brasil. “A primeira coisa que vou fazer é aderir novamente ao Acordo de Paris. As florestas no Brasil, por exemplo, estão desmoronando", afirmou.

O democrata chegou a sugerir “dar US$ 20 milhões” ao Brasil para controlar os incêndios florestais, dizendo que, caso isso não resolvesse a questão, imporia sanções contra o país. 

Biden saiu pela tangente na hora de explicar seus planos para os impostos no país, e disse que quer eliminar algumas das vantagens dadas a grandes empresas por Trump. O democrata acusou o atual presidente de ter destruído uma "economia forte", que teria sido deixada pelo presidente Barack Obama. Wallace interveio e disse: "O governo Obama terminou com desemprego recorde".

Trump foi ao debate sob a sombra das revelações deste domingo (27/07) do jornal The New York Times, que mostrou que o bilionário presidente pagou somente US$ 750 de imposto de renda em 2016 e 2017. Questionado sobre isso por Wallace, Trump afirmou que pagou US$ 38 milhões em um ano, mas sem dizer exatamente em qual.

Wallace insistiu: "Fiz uma pergunta específica. Quanto o senhor pagou em 2016 e 2017?". Resposta de Trump: milhões de dólares".

Coronavírus

Outro tópico que gerou bate boca entre Trump e Biden foi o novo coronavírus. O presidente disse que, se seguisse o que o rival democrata pretendia fazer, não teria suspendido os voos para a China. 

Sob risos de Biden, Trump, que chamou o coronavírus de "praga chinesa", se gabou de que "governadores democratas" teriam elogiado seu trabalho no combate à covid-19 - sem dizer quais ou mesmo quando isso teria acontecido. 

O presidente aproveitou a oportunidade para acusar Biden de ser uma espécie de "cavalo-de-troia" socialista, dizendo que ele implantaria uma "medicina socialista", sem, novamente, explicar o que queria dizer com isso.

Biden lembrou da vez em que Trump sugeriu a injeção de água sanitária para combater a covid-19. O presidente disse que "estava sendo sarcástico".

O próximo debate presidencial está marcado para 15 de outubro, em Miami. Antes, no dia 7 de outubro, acontece em Salt Lake City o debate entre o republicano Mike Pence e a democrata Kamala Harris, candidatos a vice-presidente.

Abaixo, você pode rever a íntegra do debate, no áudio original, e, em seguida, nossa cobertura pelo Twitter:

Reveja o debate:


Reveja nossa cobertura:

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Argentina promulga lei que regula cannabis medicinal e cânhamo industrial

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'Um triunfo da sociedade contra a hipocrisia', assegurou o presidente Alberto Fernández sobre a nova legislação

Fernanda Paixão

Brasil de Fato Brasil de Fato

Buenos Aires (Argentina)
2022-05-27T21:20:00.000Z

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Nesta sexta-feira (27/05), o governo argentino promulgou oficialmente a lei 27.669 que regulariza a cannabis medicinal e o cânhamo industrial no país, conforme publicado no Boletim Oficial. A nova legislação estabelece a criação da Agência Reguladora da Indústria do Cânhamo e da Cannabis Medicinal (Ariccame) e será responsável por "regulamentar, controlar e emitir as autorizações administrativas com respeito ao uso de sementes da planta de cannabis, da cannabis e seus produtos derivados".

A Lei do Marco Regulatório para o Desenvolvimento da Indústria da Cannabis Medicinal e o Cânhamo Industrial também prevê a criação do Conselho Federal para o Desenvolvimento da Indústria do Cânhamo e Cannabis Medicinal, que contará com um representante do governo nacional e um por cada província do país. O já existente Instituto Nacional de Sementes (Inase) ditará as normas complementares.

"Este é um passo para o acesso ao direito à saúde", alegou o presidente Alberto Fernández durante o ato de promulgação da lei na última terça-feira (24/05) na Casa Rosada, sede do governo argentino. "Começamos a escutar as mães que, com a cannabis, faziam com que seus filhos pudessem ter uma vida melhor. Começamos a prestar atenção e hoje estamos ganhando uma batalha contra a hipocrisia", disse o mandatário.

"Por trás dessa lei, há uma indústria que produz, que dá trabalho, que trará dólares mas que, fundamentalmente, cure", agregou o presidente.

Também presente na cerimônia, o ministro de Ciência e Tecnologia, Daniel Filmus, ressaltou que a lei representa uma alternativa produtiva, e estima que levará à criação de pelo menos 10 mil postos de trabalho em três anos.

Twitter/Alberto Fernández
'Este é um passo para o acesso ao direito à saúde', alegou o presidente Alberto Fernández

Luta das mães contra o tabu da cannabis

O projeto de lei foi aprovado no dia 5 de maio na Câmara dos Deputados, com 155 votos a favor e apenas 56 contra. O projeto define um marco legal para o investimento público e privado em toda a cadeia da cannabis medicinal e do cânhamo industrial.

A conquista de uma lei para regularizar o uso medicinal da maconha foi resultado da luta de mães cujos filhos padecem alguma doença tratável com cannabis. Diante do tabu e da penalização sobre o cultivo e o uso da maconha, essas mães conformaram uma rede de troca de conhecimentos e produtos para o tratamento de seus filhos. A organização Mamá Cultiva esteve na linha de frente dessa militância.

O cânhamo, apesar de altamente estratégico industrialmente, também padece do tabu por ser também uma planta da família Cannabis. Neste caso, consiste em uma variedade da planta, a espécie Cannabis ruderalis, cujas fibras possuem alto valor industrial, sendo matéria-prima sustentável para a produção têxtil, como algodão, de alimentos, remédios, produtos de beleza e óleos.

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