O procurador-geral dos EUA, William Barr, afirmou nesta terça-feira (01/12) que as investigações do Departamento de Justiça não encontraram nenhuma evidência de fraude no processo eleitoral norte-americano de 2020.
“Até o momento, nós não vimos fraude em uma escala que pudesse afetar o resultado das eleições”, disse Barr à agência Associeted Press.
As declarações do procurador vão de encontro às feitas pelo presidente Donald Trump, que se recusa a aceitar a derrota eleitoral para o democrata Joe Biden e vem fazendo acusações de fraude desde o fim do pleito.
As falas de Barr não só contradizem a narrativa de Trump, mas também indicam posturas diferentes adotadas dentro do governo do republicano, já que o procurador foi indicado pelo próprio presidente.
A ordem para iniciar uma investigação sobre as alegações de fraude foi dada por Barr no dia 9 de novembro. À época, o procurador pediu que “alegações fantasiosas” não fossem investigadas, mas sim afirmou que o alvo dos procuradores deveria ser as “alegações substanciais” de irregularidades.
Wikicommons
William Barr autorizou em novembro uma investigação sobre possíveis irregularidades no pleito
O pedido de Barr levou o principal promotor do Departamento de Justiça que atua em questões eleitorais, Richard Pilger, a renunciar de suas funções.
Desde que perdeu as eleições, a campanha de Trump abriu diversos processos judiciais em Estados nos quais alega irregularidades na apuração dos votos. A maioria já foram respondidos e o presidente não venceu.
O democrata Joe Biden venceu as eleições presidenciais norte-americanas de 2020 e se tornou o 46º presidente dos EUA. Trump, por sua vez, ainda não reconheceu a derrota e levou semanas para iniciar a transição de governo.